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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Guerbet planeja dobrar capacidade no Brasil até 2013

Nos últimos dois anos, com investimentos na ordem de R$ 5 milhões ao ano, o grupo farmacêutico voltado para a área diagnóstica aumenta mais de 50% sua produção

A operação brasileira é uma boa lição para a francesa Guerbet, grupo farmacêutico dedicado ao mercado de diagnóstico por meio de contraste para exames de raio X e de ressonância magnética. A filial brasileira, localizada no Rio de Janeiro, comemora 20 anos no País e crescimento de mais de 50% da produção nos últimos dois anos.

No seu plano de investimentos para o período entre 2010 e 2012, os recursos previstos somam R$ 14 milhões. Em 2010, a operação brasileira teve faturamento de cerca de R$ 100 milhões, crescimento de 17% em relação a 2009. Para 2011, a expectativa é que o faturamento tenha alta de 5% a 6% sobre 2010.

O grupo não pretende abrir outras fábricas na América Latina, mas investir mais R$ 4 milhões na planta fluminense em 2012. Assim, até 2013, serão trocadas as máquinas de enchimento e de lavagem dos frascos para se obter mais agilidade e segurança ao processo produtivo. A produção de quatro milhões de doses por ano da fábrica brasileira é responsável por 25% da produção do grupo. De acordo com Alexis Peyroles, diretor geral da filial no Brasil, o plano de investimentos prevê a produção de oito milhões de doses por ano até 2013.

Cenário favorável
Dentro do plano de investimentos do grupo no Brasil, os principais projetos incluíram ampliação e modernização da fábrica, com a compra de novos equipamentos,implantação da metodologia Lean e qualificação de seus funcionários. Em relação à modernização da fábrica, foi adquirido e instalado um túnel de despirogeinização. “Além de o equipamento garantir a higienização dos frascos, permite a comercialização dos produtos em países que exigem outros certificados, além dos emitidos pela Anvisa”, diz o diretor da empresa, que é fornecedora exclusiva das redes Dasa, Fleury e D’Or.

Todos estes investimentos na fábricarepresentaram crescimento de mais de 50% neste período. Mas o resultado foi ajudado pelo cenário favorável brasileiro. “O mercado da imagem cresce há bastante tempo, mas com o crescimento econômico brasileiro, nos últimos seis anos, passou a crescer de 10% a 12% ao ano. Uma empresa também precisa de sorte e a da Guerbet foi estar no país no momento certo e antecipar o crescimento desse mercado com os investimentos que fizemos”.

Com esse conjunto de medidas, segundo Peylores, a empresa pretende manter a participação de cerca de 45% do mercado e trazer novos produtos e serviços aos clientes. “É um mercado que está mudando, há novos players e mesmo crescendo em volume, há uma queda de preços que atrapalha nossa margem, por isso todos estes esforços e investimentos na fábrica e em pessoal com a filosofia Lean”. Ele ressalta que desde que chegou à fábrica, em 2009, introduziu o conceito Lean para manter o faturamento e continuar líder de mercado. “Para isso, é preciso trazer o melhor produto, no menor tempo”.

Todos os investimentos são do Grupo Guerbet. Questionado sobre a onda de fusões e aquisições em alguns setores da economia no país, Peyroles assegura que, por enquanto, a família Guerbet, que detém 55% do capital do grupo, busca crescer de uma forma rentável. “Se acontecer um projeto industrial interessante, o grupo está aberto a conversa, porém não busca pelas operações”.

Melhoria contínua
Os projetos Lean Managment e Lean Manufacturing são responsáveis pelo bom andamento da fábrica brasileira, segundo o diretor. Foram implantados para ampliar a capacidade de produção e mudar a maneira de trabalhar. O objetivo, explica Peyroles, era não só utilizar o Lean na fábrica, onde é geralmente mais aplicado, mas também na maneira de trabalhar e de pensar das pessoas. “O objetivo é que a Guerbet no Brasil seja uma empresa Lean. Trabalhamos muito mais com as pessoas”. Assim, desde 2009, foram investidas mais de 1.400 horas em formação técnica dos seus funcionários.

O Brasil é um exemplo para o grupo, segundo o executivo, graças aos resultados obtidos em pouco tempo que somam melhores do que os da França. Chama a atenção dos franceses, por exemplo, o aumento da produção – em 2008 era de 2,7 milhões de doses por ano -, para os atuais quatro milhões. “Só com a cultura Lean conseguimos este resultado. Fizemos investimentos em máquinas, claro, mas o projeto Lean trouxe estes resultados. Isto que as pessoas na França estão estudando para aprender um pouco mais”.

A área de pesquisa e desenvolvimento do grupo é na França onde atualmente há três fábricas. Aqui no Brasil são realizados estudos clínicos desde 2010. “Temos a intenção de realizar mais estudos clínicos no País, porque os centros de radiologia daqui são de alto nível de qualidade. Além disso, há muitos pacientes graças ao aumento da população que chega à classe média, com mais planos de saúde e maior possibilidade de fazer exames”. Os estudos se concentram em três áreas principais: doenças cardiovasculares, oncologia e patologias inflamatórias e neuro degenerativas.

Fonte SaudeWeb

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