Pequenas mudanças no processo trazem grandes ganhos financeiros. Veja alguns exemplos
Tornar a sustentabilidade real na empresa não é uma tarefa tão difícil. A prova são os bons resultados de alguns laboratórios clínicos, que mudaram práticas diárias, e mostram que os benefícios de ser ecologicamente correto vão além de marketing da imagem, e beneficiam também o departamento financeiro.
O consultor Ricardo Voltolini, da Ideia Sustentável diz que “empresas focadas no famoso tripé da sustentabilidade, o triple bottom line, são fadadas ao sucesso, pois pensam, com responsabilidade, na saúde das pessoas, do planeta e da economia”.
Para os incrédulos, bons exemplos estão surgindo no Brasil. Atuando com maior escala no Distrito Federal, Bahia e no eixo Rio-São Paulo, o Laboratório Sabin tem sido reconhecido pelos arrojados projetos de sustentabilidade. Além de economia de energia e de água, um programa, em especial, tem feito sucesso: a tecnologia que trata, sem gerar impacto ambiental, os resíduos efluentes (líquidos das máquinas) antes de serem lançados na rede de esgoto.
“Fiz mestrado em planejamento e gestão ambiental a fim de desenvolver uma metodologia para criar um processo oxidativo com a utilização de um reagente químico. Assim, o esgoto do laboratório segue para a estação sem causar danos ambientais”, explica o gerente de sustentabilidade da empresa, Antônio Leitão.
Além de tornar o laboratório “amigo” do meio ambiente e lustrar sua imagem, a iniciativa rendeu lucros. No processo antigo eram gastos em torno de R$ 60 a R$ 80 mil por mês. Hoje, os custos não chegam a R$ 10 mil.
A empreitada do Sabin rendeu o certificado ISO 14001 (de empresa ecologicamente responsável), e também desperta desejos de outros laboratórios em copiar o projeto. “Muitos nos procuram, mas, ainda não exportamos a tecnologia”, afirma o gestor.
Rotinas
Para ser ecologicamente responsável não precisa chegar a tanto. Pequenas mudanças no dia a dia também reduzem o impacto no meio ambiente e, consequentemente, aumentam o lucro da empresa.
Luiz Eduardo Saraiva Campos, proprietário do laboratório IPC, de Maceió, Alagoas, afirma que sempre teve ideias sustentáveis, porém, só com a mudança da sede da empresa, em 2000, que pôde colocá-las em prática. “Construí o novo prédio de um jeito bem sustentável. Priorizei a luz natural e coloquei torneiras inteligentes para não haver desperdício de água.”
Outra medida foi a mudança de material. “Nossos laudos e toda papelaria do laboratório são feitos em papel reciclável, que é menos danoso ao meio ambiente. Também disponibilizamos os resultados de exames via internet, o que reduz, e muito, custos com a impressão, que não é só papel, é cartucho de tinta também”.
Voltolini diz que para as empresas obterem sucesso com as práticas ecologicamente corretas não devem pensar, primeiro, no lucro: um é consequência do outro. “A conta é: quando se reduz o impacto, reduz o custo. E é este conceito que deve ser mudado para se tornarem, de fato, responsáveis”, finaliza o consultor.
Fonte SaudeWeb
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