Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Portugal: Até 80% dos doentes com cancro estão malnutridos

Uma alimentação equilibrada é um dos pilares de uma vida saudável. Mas quando a doença bate à porta, o equilíbrio nutricional deixa, muitas vezes, de ser prioridade. Para os doentes com cancro, a malnutrição torna-se um risco real.

Quando a normalidade é interrompida pelo diagnóstico de cancro, mudam as prioridades. A luta contra a doença torna-se o centro de todas as atenções, protagonizada por tratamentos que, tantas vezes, roubam o ânimo e a vontade de comer. O risco de malnutrição torna-se, pois, real para estes doentes, denunciam os especialistas, que reforçam a importância de um acompanhamento adequado.

«É importante referir que nem todos os pacientes oncológicos desenvolvem um estado de malnutrição, embora à partida o profissional de nutrição possa considerar que todos estejam em risco nutricional», esclarece ao Destak Célia Lopes, dietista da Nutricia Advanced Medical Nutrition. E porque nós somos o que comemos, não só na saúde, mas também na doença, a malnutrição traduzem-se numa «redução da qualidade de vida e dos níveis de actividade física».

E não só. Comer mal pode ainda potenciar os efeitos adversos dos tratamentos. O que significa que uma alimentação adequada «encontra-se, entre outros, associada à eficácia dos tratamentos clínicos e à qualidade de vida global do paciente, factores primordiais no decurso da doença».

Agir cedo para prevenir
Por cá, desconhece-se o número exacto de doentes oncológicos malnutridos. Ainda assim, embora os dados mudem consoante os estudos, estima-se que a malnutrição varie entre os 40 e os 80%. Números elevados, que estão directamente associados «à localização e severidade do cancro, assim como com aos sintomas associados (redução do apetite, alterações no paladar, náuseas, vómitos, disfagia, diarreia, fadiga, stress emocional)», refere a especialista.

Porque a perda da vontade de comer pode ser um sintoma, o primeiro passo, explica a dietista, é identificar a sua origem, «de forma a poder avaliar se a causa pode ser removida». Mas para isso é necessário que a avaliação nutricional tenha início o mais cedo possível, idealmente desde o diagnóstico, o que nem sempre acontece.

Fonte Destak

Nenhum comentário:

Postar um comentário