Medicamento foi desenvolvido pela Novartis, com o nome comercial de Gilenya, é uma opção de tratamento oral para a doença
Antes condenados a injeções diárias, os pacientes de esclerose múltipla agora dispõem de uma opção de tratamento oral no Brasil. A novidade é significativa não só pela praticidade do comprimido, mas também porque o novo remédio, fingolimode, mostrou uma eficácia 52% superior na diminuição dos surtos provocados pela doença em relação aos tratamentos anteriores.
A opção oral também pode facilitar a adesão ao tratamento. Estima-se que até 50% dos pacientes tenham dificuldades na aplicação das injeções. O novo remédio, que foi desenvolvido pela Novartis e tem o nome comercial de Gilenya, foi lançado ontem e já chegou às farmácias, mas não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento mensal com a nova droga custa R$7 mil, valor similar ao de outros tratamentos anteriores.
A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune que leva o paciente a perder progressivamente as funções neurológicas. Os principais sintomas são: cansaço crônico, dificuldade de locomoção e de equilíbrio, alterações na visão.
Na forma surto-remissiva, que é a mais comum da doença e também a que se beneficiará com o remédio novo, o paciente tem surtos que afetam as funções neurológicas subitamente. O quadro tende a ser revertido após alguns dias. Mas, conforme a doença avança, algumas funções não se recuperam mais.
Para o médico Fernando Figueira, membro da Academia Brasileira de Neurologia, os remédios proporcionam ao paciente uma vida praticamente normal. A paciente Roseli Del Sasso, de 45 anos, está animada com o medicamento oral. “Seria fantástico não ter de injetar o remédio. Por mais fina que seja a agulha, provoca desconforto, formam-se edemas. Se não esterilizar tudo, podem surgir alergias”, conta. Ela diz que um comprimido traria mais liberdade para a sua vida
Fonte SaudeWeb
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