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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Portugal: Como se pode prever a obesidade infantil

O peso e os hábitos tabágicos da mãe podem influenciar o peso do filho na infância. É pelo menos isso que defende um novo estudo.

O que é que o comportamento da mãe na altura do parto tem a ver com o excesso de peso do filho na infância? Aparentemente muito, defende um grupo de investigadores da Universidade de Montreal, no Canadá, através de um estudo publicado na revista Archives of Pediatric anda Adolescent Medicine.

«Embora o comportamento seja extremamente difícil de mudar e seja também influenciado por uma teia de factores ambientais, espero que esta descoberta ajude a melhorar os serviços médicos e sociais que oferecemos às mães e aos bebés», referiu Laura Pryor, líder do estudo.

Numa análise feita a 1957 crianças do Quebec, pesadas anualmente desde os cinco meses, até aos oito anos, foi possível analisar a evolução do índice de massa corporal (IMC) e identificar três grupos distintos: as crianças com o IMC baixo, mas estável; os que apresentavam um IMC médio e finalmente os que o apresentavam elevado e a subir.

«Descobrimos que as trajectórias destes três grupos tinham sido semelhantes até aos dois anos e meio», explicou Pryor. «Nesta altura, o IMC do grupo de crianças que já o apresentava elevado disparou. E quando estas crianças chegaram a meio da infância, mais de 50% delas eram obesas, de acordo com os critérios internacionais.»

Os investigadores identificaram dois factores que podem explicar a situação: o peso da mãe, na altura em que se deu o parto, e o facto se der ou não fumadora. Uma criança cuja mãe tinha excesso de peso e que fumou durante a gravidez tinha um risco acrescido de estar no grupo com mais peso. Dois factores que mostraram ser mais importantes que outros analisados, como o peso à nascença.

Mas os investigadores deixam a ressalva: são necessários mais estudos para determinar como estes factores e outros estão associados à obesidade infantil. «A nossa investigação contribui para o crescente número de provas de que o ambiente perinatal tem uma influência importante na obesidade», defendeu a investigadora.

Fonte Destak

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