Ministro da Saúde pedirá que a presidente Dilma Rousseff vete trecho da MP que volta a permitir a propaganda institucional de fabricantes do produto
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou ontem as alterações feitas na medida provisória de restrição ao fumo que autorizam a volta da propaganda institucional de fabricantes de cigarro. A versão aprovada no Congresso altera o texto original do governo e permite que as empresas tabagistas patrocinem eventos e premiações. Padilha pedirá que a presidente Dilma Rousseff vete esse trecho da MP.
"Vamos sugerir a Dilma o veto de qualquer medida que autorize a indústria do tabaco a fazer propaganda em eventos culturais, esportivos, seminários. Para nós isso não contribui para a política do País de restrição ao tabaco. De cada dez homens que morrem por problemas pulmonares, oito são ex-fumantes. De cada dez mulheres, seis são ex-fumantes", citou o ministro, que acompanhou Dilma na inauguração de novas unidades do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), na zona portuária do Rio.
Por meio de emendas à MP, parlamentares aprovaram a autorização para ações de marketing dos fabricantes de tabaco, que continuariam impedidos de anunciar marcas específicas de cigarro. No passado, a indústria tabagista patrocinou festivais de jazz, de rock, de dança e campeonatos esportivos. As restrições à propaganda de cigarro ficaram mais rígidas de 2000 em diante.
O ministro da Saúde exaltou os demais pontos da MP, como a ampliação para todo o País da lei que proíbe fumo em lugares fechados, o que acaba com os fumódromos, e o aumento do preço e dos impostos sobre o cigarro.
Fonte Estadão
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