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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Não existe um só hospital destinado exclusivamente a esse tipo de paciente

Não existe um só hospital destinado exclusivamente a esse tipo de paciente

Cinquenta anos atrás, o país registrava o pior acidente com queimados da sua história. A lona do Gran Circo Norte-Americano incendiou-se no espetáculo de estreia, em 17 de dezembro de 1961. O mastro veio abaixo, prendendo 2.000 espectadores entre as chamas. O fogo durou dez minutos, matou 503 pessoas, pois a assistência ainda era precária, e deixou centenas de feridos.

Em cinco décadas, a prática médica evoluiu, novas técnicas foram desenvolvidas, o queimado passou a ser visto como paciente prioritário que precisa de intervenção precoce - no passado, era o último a ser operado, por exemplo, para evitar a contaminação do centro cirúrgico. Mas o atendimento ao queimado ainda precisa avançar no país. Não existe um só hospital destinado exclusivamente a esse tipo de paciente, como ocorre em outras especialidades, como câncer, cardiologia e ortopedia.

A situação é criticada pelo cirurgião plástico Luiz Macieira Guimarães Júnior, chefe do CTQ (Centro de Tratamento de Queimados) do Hospital Federal do Andaraí, que faz cerca de mil procedimentos mensais, entre cirurgias, internações e atendimento ambulatorial.

- A OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza um leito para queimado para cada 30 mil habitantes. Uma cidade como o Rio deveria ter 200 leitos e não tem um quarto disso.

Segundo o Ministério da Saúde, há apenas 45 hospitais habilitados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para o atendimento a queimados no país e mais da metade (27) está na Região Sudeste. São 188 leitos, o equivalente a uma vaga para cada 1 milhão de habitantes, bem abaixo do recomendado pela OMS.

As principais causas de queimaduras são os acidentes domésticos com líquidos aquecidos, a manipulação do álcool líquido e os incêndios com inalação de fumaça. A queimadura destrói o maior órgão de defesa: a pele. Composta por três camadas (epiderme, derme e hipoderme), ela impede que bactérias e germes ataquem o organismo. Sem essa barreira, o paciente está exposto a infecções. Por ser um extremamente frágil, ele precisa de ambiente isolado, esterilizado.

Fonte R7

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