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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

TI deve fazer parte do perfil dos profissionais de saúde

Para a diretora da Unifesp, Heimar de Fátima Marin, quem atua no setor precisa saber processar as informações e direcionar aplicações de maneira responsável e adequada

Assim como as necessidades do setor da saúde mudam com o passar do tempo e a modernização do setor, as características dos profissionais que atuam no segmento também passam por alterações. De acordo com a professora e diretora do Programa de Pós Graduação em Informática em Saúde da Unifesp, Heimar de Fátima Marin, o RH na área da saúde deve analisar os currículos levando em consideração o custo crescente, o acesso aos serviços e o envelhecimento da população.

“Saúde exige trabalho e esforço constante. Os cuidados com a dor e a doença não podem ser adiados. Os profissionais de saúde devem ter em mente que informação é sinônimo de cuidado”.

Segundo Heimar, na área da saúde, há o regimento do Ministério da Educação, mas, além disso, os profissionais do setor têm também o Ministério da Saúde como direcionador para a formação de recursos humanos. “As instituições de ensino e os profissionais não estão somente presos a formação do MEC, embora sejam avaliados por ele. Para formar tem que estar de acordo com o Ministério da Saúde preconiza”.

Heimar explica que o tipo de profissional visto como adequado pelas entidades do setor precisa saber processar as informações e direcionar aplicações de maneira responsável e adequada. Ela diz que a convergência de dados, o desenvolvimento da tecnologia e o volume de documentos pedem que os profissionais tenham essas habilidades.

No entanto, ressalta que no ensino de saúde do Brasil tem-se uma grande quantidade de informações fragmentadas nas escolas. Com aproximadamente 800 escolas de enfermagem e uma média de 400 escolas de medicina, Heimar acredita que existe uma intenção do Ministério da Saúde de aplicar um exame como o da Ordem dos Advogados para os profissionais de enfermagem, para de forma mais assertiva quem está apto para ingressar no mercado.

“Se olhamos os Estados Unidos, as escolas de enfermagem são obrigadas a ensinar tecnologia no curriculo, caso contrário não são reconhecidas.” A diretora da Unifesp completa ao dizer que no Brasil, existem apenas dois cursos de graduação que formam profissionais graduados em tecnologia e saúde.

E lamenta ao expor que o País não tem massa crítica suficiente para formar profissionais de informática e saúde. “Na organização universitária é preciso de professores livre docentes intitulados para formar os departamentos e as disciplinas e infelizmente ainda não se chegou a esse patamar”.

Os cursos de pós graduação disponíveis, os cursos de especialização e mestrado profissionalizantes, o não reconhecimento da área para disponibilização de recursos são fatores que dificultam a formação de bons profissionais de informática em saúde, na opinião de Heimar. Ela completa ao dizer que é necessário que haja uma integração entre as empresas e as instituições de ensino para que esse quadro seja revertido.

“É preciso ter um substancial treinamento em gestão em saúde e governança em TI e direcionar estudos e pesquisas para obter resultados mais práticos e precisos para implantar uma melhoria na assistência global”, finaliza.

Fonte SaudeWeb

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