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terça-feira, 6 de março de 2012

Interoperabilidade: essencial para salvar a saúde dos EUA

Ela não é a solução completa, mas sem uma interoperabilidade bem-projetada dos sistemas, a indústria Americana de saúde não vai à frente

Durante a conferência da Health Information and Management Systems Society (HIMSS) em Las Vegas, conversei com o diretor médico de interoperabilidade e imagens da University of Pittsburgh Medical Center (UPMC), para discutir o papel da interoperabilidade em hospitais e comunidades clínicas. No final da conversa, me senti otimista pela primeira vez em muito tempo a respeito do futuro da saúde dos Estados Unidos.

Estava cético sobre a habilidade de TI em consertar a saúde desde que me tornei editor da Information Week Healthcare. Durante os anos, conheci muitos diretores médicos que ficaram encantados com tecnologia médica e dispostos a adotar a última inovação mesmo antes de haver prova suficiente de que os custos salvariam vidas. Então me peguei imaginando se essa nova onda de TI da saúde não seria a mesma coisa.

Mas o trabalho que Shrestha e seus colegas da UPMC fazem claramente não se trata de encantamento. SingleView, um projeto que foi completado recentemente, é uma das tecnologias desenvolvidas mais impressionantes e úteis que já vi.

A tecnologia é a plataforma com base em padrões que reúne múltiplas imagens de arquivos e sistemas de comunicações, ou PACS, usadas em instalações médicas. Com 20 hospitais e 30 centros de imagens ambulatoriais, UPMC tem inúmeros sistemas de imagens de arquivos, cada um criando um silo de informação de pacientes.

O projeto permite que os 20.000 radiologistas, médicos, etc, do centro médico acessem relatórios e imagens em qualquer PACS ou outro sistema de imagens em toda a empresa. Dessa forma, podem facilmente descobrir quais exames um paciente já realizou antes de agendar novos. O sistema também permite que médicos comparem imagens anteriores com as atuais.

Também reduziu consideravelmente o número de testes redundantes e desnecessários pedidos para pacientes e evitam que sejam expostos a radiação sem necessidade. Também corta o número de disputas por testes que não precisavam ter sido realizados.

Não contentes em limitar a plataforma para dados de imagens dentro das instalações da UPMC, a equipe de Schrestha recentemente criou um sistema com base na nuvem chamado External Image Management Solution, ou EIMS (Solução de gerenciamento externo de imagem), que permite que centros de imagens que não são parte da rede se conectem ao SingleView. Se o paciente se consulta com um médico da UPMC, ele pode acessar todas as imagens tiradas do paciente tanto dentro contra fora de seu sistema.

Uma vez que a equipe descobriu como compartilhar as imagens, o próximo grande desafio da interoperabilidade foi conectar nove grandes sistemas de saúde do oeste da Pensilvânia para formar uma troca de informações de saúde regional (HIE) para assim poder compartilhar todos os dados dos pacientes, e não só os exames. Sua intenção é que o HIE permita que vários sistemas de informação conversem entre si, apesar de falarem diferentes línguas.

Se puderem ‘combinar’ todos os dados em um único, permitiriam assim que os médicos oferecessem um nível de cuidado que não poderiam atingir só tendo acesso aos dados de seus próprios hospitais ou clínicas.

Para tornar isso possível, o grupo precisa harmonizar semanticamente as informações de remédios em todos os sistemas EHR para que os médicos usem os mesmos termos e falem a mesma língua. Isso permite que médicos analisem facilmente dados dos sistemas, buscando perigosas interações medicamentosas.

Interoperabillidade é essencial para transformar a saúde.

Tradução: Alba Milena, especial para o Saúde Web.

Fonte: Paul Cerrato| InformationWeek EUA, replicada pela InformatioWeek Brasil

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