Barcelona — Diarreia, dor abdominal, cansaço e mal-estar são algumas das complicações que mais atormentam os pacientes com problemas inflamatórios intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa. Os transtornos, contudo, não se restringem a esses sintomas físicos. Os doentes têm que enfrentar ainda o preconceito e o desconhecimento com relação a esses males, que afetam também as relações pessoais e a vida profissional dos pacientes.
Os impactos das doenças inflamatórias intestinais foram o centro de uma pesquisa realizada pela Federação Europeia das Associações de Crohn e Colite Ulcerativa e divulgada em Barcelona, na Espanha, no mês passado. Os autores do estudo ouviram quase 5 mil pacientes afetados e descobriram que a falta de conhecimento, até mesmo entre os médicos, gera insegurança e angústia para os doentes.
A doença de Crohn e a colite atingem, principalmente, os jovens. Segundo o levantamento, 68% dos pacientes têm entre 19 e 44 anos. Nessa faixa etária, as pessoas estão começando os estudos universitários, ingressando no mercado de trabalho ou chegando ao auge da vida profissional. Por isso, o surgimento de uma doença inflamatória intestinal afeta o dia a dia dos pacientes e tem impacto social expressivo.
A pesquisa mostrou que 74% dos entrevistados tiveram que faltar ao trabalho e, para mais da metade deles, esse era um motivo de estresse. Pelo menos 25% dos doentes sofreram discriminação por não poderem comparecer ao trabalho.
Fonte Correio Braziliense
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