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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Saiba por que acontece e como superar a dor do aborto

Gravidez interrompida mexe com sentimentos de impotência ou culpa

A interrupção do estado gestacional pode ser intencional ou espontânea. O primeiro caso gera polêmica em países como o Brasil que tipificam o aborto como crime com punição prevista no Código Penal. Já a segunda situação, na maioria das vezes, é resultado da impossibilidade do organismo feminino de gerar uma nova vida.

Atualmente, muitos países permitem o aborto a pedido da mulher até as doze semanas de gestação. Como nos casos de grávidas menores de idade ou quando representam risco de vida à mãe ou má formação do feto. A Constituição brasileira considera o aborto crime, eximindo de punição pela prática apenas em dois casos: quando a gravidez é resultado de sexo forçado, estupro, ou quando a interrupção da gravidez é a única forma de salvar a vida da mãe.

Além da questão legal, o aborto, seja intencional ou espontâneo, chama atenção para a mulher, suas condições emocionais e físicas de gerar uma vida. A ginecologista e obstetra Gisela Traut Kirst afirma que é alto o índice de gravidez indesejada ou não planejada. As principais vítimas são meninas entre 13 e 15 anos. Como o aborto é crime, não existe outra opção a não ser aceitar o fato. Mas, o provável é que muitas acabem buscando os meios clandestinos para interromper a gestação.

"O que sabemos que acontece é que estas mulheres acabam buscando medicamentos de uso controlado que em seus efeitos colaterais provocam cólicas fortes e sangramento. Quando elas chegam no hospital a decisão já foi tomada há muito tempo", diz. A médica se preocupa com as implicações deste tipo de situação. "Se um aborto espontâneo já pode ser difícil de ser superado ou compreendido, seja qual for o motivo, interromper a gravidez envolve muitos danos e nosso corpo sabe disto", aponta.

O trauma que Gisela fala é o da perda. Mesmo que a mulher não esteja muito atenta ao que acontece em seu corpo, uma gravidez interrompida deixa uma sensação de vazio e mexe com sentimentos de impotência ou culpa. "Não é raro descobrirmos que uma gravidez foi interrompida há semanas e a mãe não sabia. Diante da notícia, elas têm dificuldade em acreditar e se perguntam: o que eu fiz de errado?".

Dentro do quadro dos abortos espontâneos, a ginecologista explica que muitas vezes não existem culpados. "É como se fosse um mecanismo de seleção natural. Um óvulo e um espermatozoide que quando combinados não apresentaram condições suficientes para encarar o processo de crescimento".

Mas, entre o que está além do nosso alcance, alguns cuidados para não potencializar estas chances são necessários. O primeiro deles tem a ver com o grande vilão dos abortos espontâneos e dos fetos com má formação: o cigarro. "Ter hábitos saudáveis é fundamental para que uma gestação possa ocorrer com menor risco e menos chance de surpresas desagradáveis", acrescenta a médica.

Uma gravidez planejada começa antes da concepção. Se a mulher está querendo engravidar, é bom consultar um médico e começar a se preparar. Algumas vitaminas, como o ácido fólico, por exemplo, precisam ser tomadas antes para que a futura mamãe esteja em boas condições desde quando ocorrer a concepção", sugere.

O aborto é, sem dúvida, um evento anormal, considerando que interrompe um processo gestacional que estava em evolução. "Seja natural ou intencional, o aborto representa sempre uma perda para a mulher que abrigava o feto e vai deixar suas marcas internamente, seja psicológica ou, até, fisicamente", pondera a obstetra.

Fonte Minha Vida

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