Composto que garante sabor de manteiga estimula acúmulo de proteínas beta-amiloide no cérebro, fator de risco para a doença
Um aromatizante artificial de manteiga encontrado na pipoca pode aumentar o risco de Alzheimer. É o que sugere pesquisa publicada pela American Chemical Society.
O estudo revela que o composto diacetil (DA), que dá o sabor artificial de manteiga à pipoca, estimula o acúmulo das proteínas beta-amiloides no cérebro. Este processo prejudicial de 'aglutinação' é um passo crítico para a doença de Alzheimer.
O trabalho teve foco em pipocas de micro-ondas e fábricas de aromatizantes alimentares, onde a exposição ao produto químico é maior.
A equipe da University of Minnesota, nos Estados Unidos, descobriu que o diacetil pode facilmente penetrar na chamada "barreira sangue-cérebro", que impede que as substâncias prejudiciais entrem no cérebro.
Além disso, o aromatizante artificial também impediu uma proteína-chave chamada glioxalase, que protege as células nervosas, de chegar ao cérebro.
"Analisando o consumo excessivo do aromatizante e a exposição crônica dos trabalhadores da indústria ao composto, este estudo levanta a possibilidade inquietante de toxicidade neurológica a longo prazo mediada pelo diacetil", relatam os pesquisadores.
Apesar dos resultados iniciais, os pesquisadores afirmam que o estudo se concentrou em operários altamente expostos ao produto e que mais pesquisas são necessárias. Eles ressaltam que os consumidores moderados não devem se preocupar.
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