Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Pediatras do Rio de Janeiro promovem manifestação no Hospital da Piedade

Segundo CREMERJ, carência de recursos humanos levou o serviço de pediatria a suspender a internação de pacientes

Pediatras do Rio de Janeiro uniram-se aos do Hospital Municipal da Piedade e realizaram uma manifestação na porta da unidade para protestar contra a falta de médicos. A carência de recursos humanos levou o serviço de pediatria a suspender a internação de pacientes na semana passada. Outras áreas do hospital também sofrem com estrutura precária e equipes insuficientes.

" Este hospital tem uma tradição de lutas de mais de 20 anos. Ia ser fechado e lutou para continuar atendendo a população. A prefeitura diz que a prioridade é atenção básica, mas não se pode abandonar os hospitais" , declarou a presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ), Márcia Rosa de Araujo, que apoiou o ato.

O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Eduardo Vaz, afirmou que há uma política de não contratação de pediatras. " Estudo recente do CFM mostrou que a pediatria é a especialidade com o maior número de médicos no Brasil. Não faltam pediatras, faltam salários dignos e condições de trabalho" , afirmou.

O conselheiro Sidnei Ferreira recomendou a refederalização do Hospital da Piedade. " A Prefeitura mostrou-se incompetente com a gestão do Hospital que foi credenciado pelo MEC e MS como de ensino. Este é um movimento que emana do corpo clínico, de quem conhece este hospital e sabe qual a melhor maneira de estruturá-lo" , disse. Os conselheiros Armindo da Costa e Carlindo Machado também participou da manifestação.

Em relatório concluído na semana passada, o CREMERJ apontou que a falta de recursos humanos e de equipamentos no hospital representam risco aos pacientes e expõe os médicos. O centro cirúrgico é o local que apresenta mais problemas, sem estrutura adequada para as intervenções, e teve suas atividades suspensas. O setor de oftalmologia está fechado desde 2009.

O hospital não possui ambulância própria, e na clínica médica pacientes enfrentam 30 dias de espera por um diagnóstico por conta da demora na realização de exames de imagens. A falta de médicos é crítica, sendo necessário alocar mais dois médicos na unidade coronariana, três médicos de rotina na UTI, quatro médicos na cirurgia geral, seis clínicos e quatro pediatras.

Fonte isaude.net

Nenhum comentário:

Postar um comentário