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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Vacina da hepatite A permanece eficaz por 10 anos


Estudo acompanhou crianças que receberam as duas doses antes dos dois anos de idade

Vacinar crianças menores de dois anos contra a hepatite A garante imunização por pelo menos dez anos, mostra uma nova pesquisa publicada no periódico Hepatology. O estudo revela que a transferência de anticorpos da mãe não influencia na resposta imunológica à vacina.

A OMS estima que 1,4 milhão de casos da doença ocorrem no mundo a cada ano. A hepatite A afeta o fígado e é comum em áreas com más condições sanitárias, onde a ingestão de comida e água contaminada pode transmitir o vírus. Nos EUA, os casos caíram 90% nos últimos 20 anos, com cerca de 20 mil novos casos a cada ano. Especialistas atribuem o declínio à vacinação rotineira de crianças entre 12 e 18 meses.

De acordo com os líderes do trabalho, trata-se do primeiro estudo a examinar a eficácia das duas doses da vacina em crianças menores de dois anos por um período de dez anos.

Além disso, os autores investigaram se anticorpos da mãe poderia impactar na proteção da vacina. Com o consentimento dos pais, os pesquisadores avaliaram crianças saudáveis com seis meses de idade. As mães foram testadas para constatar os anticorpos da hepatite A. No total, 197 crianças foram divididas em três grupos: um dos 6 aos 18 meses, outro de crianças entre 12 e 18 meses e outro de 15 a 21 meses de idade. Cada grupo foi separado conforme o status da mãe em relação aos anticorpos da doença. Os níveis dos anticorpos foram medidos com um e com seis meses, e houve um seguimento com três, cinco, sete e dez anos após a segunda dose da vacina.

Um mês após a segunda dose, todos os grupos mostraram sinais de proteção contra o vírus. Dez anos após, a maioria deles tinha proteção contra a doença.

"O estudo mostra que a soropositividade para hepatite A persiste por pelo menos dez anos após a vacinação primária com duas doses da vacina quando administrada a crianças com mais de 12 meses de idade, independentemente da condição da mãe", dizem os pesquisadores.

Segundo os autores, a descoberta reforça as diretrizes sobre a vacinação atual, de administrar duas doses para todas as crianças a partir dos 12 meses. Os autores apontam que uma futura dose de reforço pode ser necessária para manter a proteção e que continuarão a seguir essas crianças por um período para avaliar os benefícios da imunização inicial.

Fonte Estadão

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