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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

É preciso ter visão sistêmica para utilizar tecnologias em saúde

Por Gustavo Campana

Em post, blogueiro chama atenção para a importância da incorporação de soluções no setor, principalmente no segmento de diagnósticos

É clara a necessidade de revisão de todo o sistema de saúde no Brasil e em todo o mundo. Os modelos de remuneração praticados direcionam a utilização dos recursos de forma pouco eficiente e a necessidade de escala em todos os segmentos pressiona para um uso pouco criterioso dos serviços de saúde, gerando desperdícios em toda a cadeia.

A incorporação de tecnologia em saúde, principalmente no setor de diagnósticos, é em sua maioria não substitutiva. Não ocorre a cessão de uso de determinadas metodologias somente pela incorporação de novas técnicas, ainda que exista no mercado uma significativa proporção de uso de testes obsoletos ou a somatória de demandas entre tecnologias antigas e novas. É clara também a pressão por preços que ocorre devido às novas tecnologias, que muitas vezes impactam em aumento dos custos dos serviços. A inflação médica em 2011 esteve em 11,6% (IESS), um acréscimo de 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior e bastante superior ao IPCA, de 6,4%.

A medicina diagnóstica historicamente contribuiu para este crescimento, porém a partir de 2010 vem mantendo-se abaixo do IPCA (4,2% em 2011), nos fazendo pensar que há aqui um benefício da consolidação do setor, com geração de competitividade por escala baseada na otimização de recursos e, para as pequenas e médias empresas, acesson direto aos fornecedores da cadeia; além da virtual inexistência de reajustes de preços.

O principal passo da incorporação de tecnologia segundo Hernadez, J. (Arch Pathol Lab Med),é a introdução de um novo teste em medicina diagnóstica. Este processo deve seguir com a análise de custo efetividade, com base em um tripé de avaliação: Performance do Teste (sensibilidade, especificidade, qualidade, etc.), Epidemiologia (prevalência, aspectos clínicos, indicadores de risco, etc.) e Custos (diretos e indiretos), tendo como convergência das inúmeras variáveis o custo efetividade.

A necessidade da visão sistêmica no setor de saúde centrada no paciente e, preferencialmente no contexto da doença (custo total) é imediata e deve objetivar uma utilização criteriosa e racional dos recursos. Neste aspecto, destacamos a importância da informação gerada pela medicina diagnóstica na assistência em saúde, compondo parte importante das decisões médicas e absorvendo menores custos.

Colaborou Marcos Martins, sócio da Consultoria Martins de Gestão Empresarial.

Fonte SaudeWeb

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