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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Portugal: 6 meses à espera de exame

A falta de médicos gastrenterologistas nos hospitais de Abrantes, Tomar e Torres Novas está a obrigar os doentes a esperar mais de seis meses para fazer uma colonoscopia. Este exame ao intestino grosso é indispensável para o rastreio do cancro do cólon, um tumor que mata cerca de três mil portugueses todos os anos.

Joaquim Esperancinha, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (que compreende os hospitais de Abrantes, Torres Novas e Tomar), reconhece ao CM o problema e justifica o atraso na marcação dos exames com a escassez de especialistas. "Temos um número muito grande de doentes e só temos dois gastrenterologistas a tempo inteiro [35 horas por semana] e um clínico a meio tempo, que só podem fazer consultas e exames nos casos mais urgentes". O responsável sublinha que é "humanamente impossível" os clínicos atenderem mais doentes. A limitação de recursos já levou a administração a pedir aos centros de saúde para "verem as prioridades e só encaminharem para o hospital casos verdadeiramente urgentes". Joaquim Esperancinha aguarda pela abertura de concurso para o preenchimento de uma ou mais vagas para o serviço de gastrenterologia, depois de o Ministério da Saúde ter anunciado para Setembro a abertura de um concurso, a nível nacional, com 700 vagas para os médicos que terminam a especialização.

A falta de gastrenterologistas no CHMT já mereceu uma pergunta do deputado João Semedo, do Bloco de Esquerda, ao Ministério da Saúde. Ao CM, João Semedo considerou "gravíssimo" que o centro hospitalar tenha uma lista de espera de mais de seis meses para fazer uma colonoscopia. "É um exame médico essencial no estudo da doença e que pode ter consequências graves se o cancro não for detectado a tempo", disse o deputado.

Fonte Correio da Manhã

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