Central de Transplantes do Estado completou 25 anos de atuação no último fim de semana
A Central de Transplantes do Rio Grande do Sul comemora 25 anos de atuação com a marca de 25 doadores de órgãos só no mês de agosto, sendo 10 transplantes de fígado e rim em crianças e adolescentes. De janeiro a junho, o número de doadores variou entre 10 e 19 ao mês.
— Se a tendência de agosto se mantiver, 2012 deverá ser um ano recorde em número de doadores, com projeção de crescimento estimada de 25% em relação a 2011 — afirma a coordenadora da Central de Transplantes, Rosana Nothen.
Em 2011, ocorreram 476 notificações de morte encefálica com 158 doadores efetivos de órgãos. Conforme dados divulgados em julho pelo Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul teve um aumento de 44% no número de doadores de órgãos em relação ao primeiro quadrimestre de 2011, com a média de 17,3 doadores por milhão de habitante. Está acima da média nacional, que é de 13,6, mas afastado de Santa Catarina, que lidera o ranking de doadores, com 26,9 por milhão de habitante.
A recente parceria estabelecida entre o Ministério da Saúde e o Facebook, mais de 80 mil usuários se declararam doadores no site. Pela legislação brasileira, é a família que decide se autoriza ou não a doação de órgãos, mas abrir a discussão no círculo de amigos, por meio da rede social, pode interferir no momento da decisão. Para se declarar doador, é preciso selecionar eventos cotidianos no perfil.
Sobre a Central de Transplantes
Com a primeira sede no Hospital de Clínicas, a Central de Transplantes realizou a primeira busca de órgãos fora do Estado em 1990. Os pioneiros foram os médicos Valter Garcia e Nilo Hoelfmann (ainda hoje da Central de Transplantes), com apoio do coordenador do Laboratório de Imunologia do HCPA, Luiz Fernando Jobim e participação de Ivo Nesralla, além do secretário de Estado da Saúde da época, o médico Antenor Ferrari.
A estrutura para a efetivação dos transplantes é complementada pelas coordenações intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Transplantes, presentes em vários hospitais, e pelas Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), criadas para suprir eventuais dificuldades no processo.
As OPOs têm como atribuição principal organizar a logística da procura de doadores de órgãos e tecidos nos hospitais localizados na sua área de atuação que são definidos por critérios geográficos e populacionais sob a gerência da Central de Transplantes, e do Sistema Nacional de Transplantes. Além disso, têm a função de criar rotinas para oferecer aos familiares de pacientes falecidos, nos hospitais de sua área de abrangência, a possibilidade de doação de órgãos e tecidos.
Coração Gaúcho
O espaço do Instituto de Cardiologia, denominado DTG Coração Gaúcho, no Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre, leva médicos e transplantados ao local para contar histórias de vida que foram salvas pelo ato de doação. Nesta quinta-feira, o Almoço dos Transplantados receberá familiares e profissionais de saúde. No dia 20 , o desfile temático vai contar com a presença de transplantados. Com o slogan "Coração gaúcho não foge da peleia", a ala vai apresentar mensagens sobre a importância da doação.
Fonte Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário