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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Subsídio da empresa para compra de remédios ainda é pequeno no Brasil

Por Luiz Monteiro*
 
Por enquanto apenas dois milhões de pessoas recebem algum tipo de ajuda dos empregadores para a compra de medicamentos no País. Valor poderia ser maior se o governo implantasse política de incentivos fiscais, assim como existe nos EUA

Nos Estados Unidos, o conceito já é bastante conhecido e um número grande de pessoas já se utiliza das vantagens oferecidas pelo Programa de Benefício em Medicamentos (PBM) – subsídio que as empresas concedem a seus funcionários para compra de remédios. No Brasil, por enquanto, apenas dois milhões de pessoas recebem algum tipo de ajuda dos empregadores para a compra de medicamentos. Porém, este número de empregados poderia ser muito maior se o governo implantasse uma política de incentivos fiscais para as empresas que adotassem o programa.

Uma pesquisa realizada recentemente pelo setor entre 120 empresas de diversas áreas de atuação e diferentes regiões do país, que juntas somam mais de 520 mil empregados e faturamento anual superior a R$ 236 bilhões – valor equivalente a 8% do nosso PIB (Produto Interno Bruto) –, apontou que mais de 80% dos gestores entrevistados ofereceriam esse benefício aos seus funcionários se houvesse algum tipo de incentivo fiscal para a empresa, como acontece, por exemplo, com o PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador).

Em muitos casos, as pessoas interrompem o tratamento porque não têm mais dinheiro para comprar os remédios. Segundo levantamento realizado pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde, a falta de condições financeiras compromete o tratamento médico de 51,7% da população brasileira. Estudos também mostram que os medicamentos distribuídos gratuitamente pelo governo, pelo Programa Farmácia Popular, não são suficientes para atender a toda a demanda. Ou seja, o acesso a medicamentos continua ainda sendo uma lacuna grave na política nacional de saúde.

Em algumas empresas, o subsídio pode chegar a 100% do valor dos remédios, mas a média nacional é de aproximadamente 50%, garantindo aos funcionários maior adesão ao tratamento prescrito pelo médico. Mas a empresa também se beneficia por ter funcionários mais saudáveis. Com essa contribuição, os funcionários têm mais chances de seguir corretamente o tratamento, reduzindo o nível de absenteísmo e aumentando a produtividade. O funcionário saudável rende mais e falta menos. Por outro lado, a empresa diminui os índices de sinistralidade e também os custos com saúde.

Com a queda de investimentos públicos nessa área, a iniciativa privada ganha extrema importância e deveria ser estimulada pelo governo, assim como já o fez, no início dos Planos de Saúde e do Vale Alimentação.

* Luiz Monteiro é presidente da Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM (PBMA)

Sobre a PBMA – A Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM foi criada em 2011 pelas quatro maiores empresas do setor: ePharma, Funcional, Orizon e Vidalink. Aqui na Brasil, o PBM (Progama de Benefício em Medicamentos) passou a ser difundido há, aproximadamente, 12 anos. Mas o conceito surgiu na década de 1980, nos Estados Unidos, onde já existem 200 milhões de beneficiários, atualmente. Originalmente, PBM é a sigla para Pharmacy Benefit Management.

Fonte SaudeWeb

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