A vasectomia, cirurgia de esterelização voluntária, não deve ser feita por homens jovens e ainda sem filhos.
O alerta é da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). A vasectomia não deve ser vista como um método contraceptivo, como a camisinha, ou a pílula. É uma decisão muito séria. Em geral, o paciente precisa fazer um curso sobre sexualidade para resolver de modo mais consciente - orienta o presidente da regional fluminense da SBU, Alfredo Felix Canalini. O procedimento, explica Canalini, é simples. Não há risco para a saúde ou para a sexualidade do homem. O problema está nas consequências da operação. O arrependimento existe em uma porcentagem grande dos pacientes. E a reversão não é garantida. Quanto mais tempo depois da vasectomia, mais difícil é voltar atrás afirma.
Lei dita regras para operação na rede pública. No Sistema Único de Saúde (SUS), não é tão simples fazer uma cirurgia para evitar ter filhos. A lei 9.263, de 1996, diz que o procedimento é indicado para homens com mais de 25 anos e que tenham dois filhos vivos. O paciente e a companheira devem ainda assinar um termo de responsabilidade. Descumprir essa norma pode acabar em prisão por um período de dois a oito anos. Embora a sanção não se aplique aos procedimentos feitos na rede privada, consideramos adequado que as regras sejam seguidas - afirma Alfredo Felix Canalini. Ainda de acordo com o urologista, nos planos de saúde também há exigências, mesmo para os homens que estão dentro dos parâmetros para a operação. As empresas demoram a liberar o procedimento para que o paciente pense melhor.
Fonte Jornal Pequeno
Nenhum comentário:
Postar um comentário