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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Risco de trombose cresce durante voo prolongado

Trombose venosa profunda
Viagens longas aumentam em até três vezes o risco de tromboembolismo venoso, condição que pode envolver trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
 
É o que aponta uma revisão científica de 14 estudos, que considerou 4.055 casos, publicada no “Annals of Internal Medicine” por pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard. Estima-se que haja um caso de trombose durante uma viagem a cada 4.600 voos.

A trombose venosa profunda, prevalente em 3% da população brasileira, ocorre quando um coágulo (também chamado de trombo) obstrui uma veia profunda e impede ou dificulta parcialmente a passagem de sangue na região.

A curto prazo, o trombo pode se deslocar e chegar ao pulmão, obstruindo uma artéria na região - quadro chamado de embolia pulmonar. Já a longo prazo, podem ocorrer complicações decorrentes da dificuldade do retorno venoso, causando inchaços no local e até mesmo úlceras, quando o problema não é tratado de forma correta.

O principal fator desencadeante de uma trombose venosa profunda é a imobilidade prolongada, favorecida em uma viagem longa. “A pessoa fica muito tempo na mesma posição, com as pernas para baixo, dificultando o retorno venoso [do sangue], o que é claramente demonstrado em estudos”, afirma Antônio Carlos Chagas, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Os riscos são menores em uma viagem por terra porque os passageiros geralmente fazem paradas regulares para caminhar. Já em um avião, somam-se o fato de as pessoas permanecerem por mais tempo sentadas (grande parte em assentos apertados da classe econômica), a pressurização e a refrigeração da cabine.

“As pessoas se desidratam com mais facilidade e não bebem líquidos o suficiente. Grosso modo, o sangue fica mais viscoso [favorecendo a formação de coágulos]”. Além disso, o consumo de álcool é mais comum, e isso facilita a desidratação.

Perguntas e Respostas

1) O que é trombose?
Trombose é a formação de um trombo (coágulo de sangue) no interior de um vaso sanguíneo. Tromboembolia seria o termo usado para descrever tanto a trombose quanto sua complicação que seria o embolismo.

2) O que é trombose venosa profunda?
A trombose venosa profunda (TVP) é o desenvolvimento de um trombo (coágulo de sangue) dentro de um vaso sanguíneo venoso com consequente reação inflamatória do vaso, podendo, esse trombo, determinar obstrução venosa total ou parcial.

A TVP é relativamente comum (50 casos/100.000 habitantes) e é responsável por sequelas de insuficiência venosa crônica: dor nas pernas, edema (inchaço) e úlceras de estase (feridas). Além disso, a TVP é também responsável por outra doença mais grave: a embolia pulmonar.

3) Como o trombo se forma no interior de um vaso?
Quando nos ferimos, o sangue que sai da veia coagula (forma uma “rolha”, o coágulo) rapidamente para evitar maior perda de sangue. Este é o processo normal. Quando este coágulo se forma dentro de um vaso sanguíneo (artéria ou veia), ocorre o que chamamos de trombose, ou seja, a formação de um coágulo ou um trombo, como é melhor conhecido, dentro do vaso, e isso é prejudicial. Quando a trombose ocorre nas veias superficiais da perna é chamado de varico-trombose. Este tipo de trombose é fácil de ser notada, pois ocorre vermelhidão, endurecimento e dor no local, e é também de tratamento mais simples. Quando a trombose ocorre nas veias profundas das pernas, aquelas que ficam nos músculos, chamamos de Trombose Venosa Profunda (TVP), e este tipo, na maioria das vezes, não é facilmente diagnosticado.

4) Quais os sintomas mais freqüentes da trombose?
• Dor intensa, inchaço e endurecimento da perna com aumento da temperatura.

• Palidez e coloração azulada (em casos mais graves).

• Nas veias superficiais, ocorre aumento de temperatura e dor na área afetada, além de vermelhidão e edema (inchaço). Pode-se palpar um endurecimento no trajeto da veia sob a pele. • Nas veias profundas, o que mais chama a atenção é o edema e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou está mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha.

5) Quais os fatores que favorecem a coagulação?
Estase - é a estagnação do sangue dentro da veia. Isto ocorre durante a inatividade prolongada, tal como permanecer sentado por longo período de tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de deambulação, obesidade, etc.

Traumatismo na veia - qualquer fator que provoque lesão na fina e lisa camada interna da veia, tais como trauma, introdução de medicação venosa, cateterismo, trombose anterior, infecções, etc., pode desencadear a trombose.

Coagulação fácil ou Estado de hipercoagulabilidade – situação em que há um desequilíbrio em favor dos fatores procagulantes. Isto pode ocorrer durante a gravidez, nas cinco primeiras semanas do pós-parto, uso de anticoncepcionais orais, hormonioterapia, portadores de trombofilia (deficiência congênita dos fatores da coagulação), etc.

6) Como o médico faz o diagnostico?
O médico pode diagnosticar uma tromboflebite superficial apenas baseado nos seus sintomas e examinando a veia afetada (sob a pele). No entanto, a TVP pode se apresentar com sintomas não tão exuberantes, dificultando seu diagnóstico. Para ter segurança, o médico pode solicitar exames especiais como o Eco Color Dopper ou a flebografia. Há quem solicite um exame de sangue para dosagem de uma substância, chamada Dímero D, que se apresenta em níveis elevados quando ocorre uma trombose aguda. Embora o teste do Dímero D seja muito sensível, não é muito conclusivo, visto que ele pode estar elevado em outras situações.
 

Fonte Jornal Pequeno

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