
As descobertas são de um estudo feito pela equipe de Chistine Sprigg da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, que partiu de uma série de pesquisas feitas com questionários online e financiada pelo Conselho Britânico de Pesquisas Econômicas e Sociais.
O fenômeno, antes observado apenas em ambientes escolares, parece ter alcançado os ambientes profissionais. E quanto maior a inserção das novas tecnologias nos escritórios, maior a propensão desse tipo de violência se tornar cada vez mais comum.
“Os questionários que aplicamos indicava diversos níveis de bullying, como ser humilhado publicamente, ser ignorado ou isolado e ser alvo de fofocas. Os trabalhadores eram questionados sobre quais tipos dessas violências ocorriam de forma física e também virtualmente e também com qual constância”, explica a autora.
Os resultados apontam que entre 8% e 10% dos trabalhadores entrevistados haviam presenciado ou sido alvos do cyberbullying nos 6 meses anteriores à pesquisa. E entre 14% e 20% desses profissionais sofriam com o cyberbullying de forma constante (reportavam algum tipo de violência com uma constância semanal).
“Quanto maior a constância do cyberbullying menor o nível de bem estar e maiores os níveis de estresse e insatisfação com o trabalho. Em alguns questionários ficou claro que o cyberbullying era muito mais danoso a saúde mental dos funcionários que o bullying tradicional”, diz Ian Coyne, outro autor envolvido na pesquisa.
Outra diferença importante foi quanto a quem presenciava esse tipo de bullying. No bullying tradicional o indivíduo que presencia esse tipo de violência também é impactado negativamente. No ambiente virtual esse impacto é muito menor para quem testemunha o bullying e traz muito mais sensação de insegurança e injustiça para quem sofre.
“Nossa pesquisa pode servir de guia para que os patrões e chefias em geral formulem estratégias para identificar e combater o cyberbullying no ambiente profissional, pois os danos têm grande impacto econômico, podendo aumentar o absenteísmo [faltas no trabalho por conta de problemas de saúde física], piorar a saúde mental do empregado, diminuir o rendimento da equipe de trabalho e gerar mais problemas jurídicos, além de maior turnover [perda de bons profissionais para outras empresas]”, alertam os autores. “Aprender a reverter esse processo é importante para as empresas nesse novo cenário tecnológico”, finalizam.
Fonte O que eu tenho
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