Resveratrol aumenta chances de recuperação completa de todos os tipos de câncer de próstata, incluindo tumores agressivos
Pesquisadores da Universidade de Missouri, nos EUA, descobriram que o resveratrol, composto encontrado na casca da uva e no vinho tinto pode tornar as células tumorais da próstata mais suscetíveis ao tratamento de radiação.
A pesquisa revela que o consumo da substância aumenta as chances de uma recuperação completa de todos os tipos de câncer de próstata, incluindo tumores agressivos.
"Outros estudos observaram que o resveratrol torna as células tumorais mais sensíveis à quimioterapia, e queríamos ver se tinha o mesmo efeito para a terapia de radiação. Verificamos que, quando expostos ao composto, as células tumorais são mais susceptíveis à radioterapia", afirma o pesquisador Michael Nicholl.
Células tumorais da próstata contêm níveis muito baixos de duas proteínas, perforina e granzima B, que podem funcionar em conjunto para matar as células. No entanto, ambas as proteínas têm de ser altamente "expressas" para matar as células tumorais.
No estudo atual, quando Nicholl introduziu resveratrol nas células de tumor da próstata, a atividade das duas proteínas aumentou consideravelmente. Após o tratamento com radiação, os pesquisadores descobriram que até 97% das células tumorais morreram, porcentagem muito mais elevada do que o tratamento com a radiação sozinha.
"É crítico que ambas as proteínas, perforina e granzima B, estejam presentes a fim de matar as células tumorais, e verificamos que o resveratrol ajudou a aumentar a atividade das mesmas em células de tumor da próstata. Após o tratamento com radiação fomos capazes de matar muitas células tumorais. É importante notar que a abordagem matou todos os tipos de células de tumor da próstata, incluindo células de tumor agressivo", afirma Nicholl.
Resveratrol está presente na casca da uva e no vinho tinto. No entanto, a dosagem necessária para ter um efeito sobre as células tumorais é tão grande que muitas pessoas experimentam efeitos secundários desconfortáveis. "Não precisamos de uma grande dose no local do tumor, mas o corpo processa este composto de forma tão eficiente que uma pessoa tem de ingerir uma grande quantidade de resveratrol para ter certeza suficiente de que ele chegue ao tumor. Devido a esse desafio, temos de olhar para métodos de entrega diferentes para que este composto seja eficaz. Ele é muito atraente como um agente terapêutico, uma vez que é natural e é altamente consumido", destaca Nicholl.
O próximo passo da equipe será testar o procedimento em um modelo animal antes que quaisquer ensaios clínicos possam ser iniciados.
Fonte isaude.net
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