Sem exagero, cerveja faz bem às mulheres. Consumo máximo é de duas latinhas por ocasião em que se decide beber |
A cerveja é fonte de vitamina B, ácido fólico, antioxidantes e colágeno. Poderia ser uma ótima opção para as mulheres já que os nutrientes favorecem especialmente o sexo feminino.
No entanto, os benefícios trazidos pelo líquido só são obtidos por meio do consumo moderado da bebida. E as pesquisas mostram que elas têm exagerado na dose.
Até setembro deste ano, 15 mulheres por dia foram internadas no Brasil devido ao abuso de álcool, mostram dados do Ministério da Saúde levantados pelo iG Saúde.
As jovens brasileiras entre 15 e 24 anos foram apontadas por um estudo da Organização Mundial da Saúde como o grupo que mais abusa da bebida alcoólica no País, ingerindo mais do que quatro doses de álcool quando decidem beber.
Se o consumo feminino ficasse restrito a um máximo de duas latas diárias de cerveja, estas mulheres poderiam ter acesso a vantagens terapêuticas creditadas à bebida, conforme novas pesquisas apresentadas no Simpósio Internacional da Cerveja e Saúde, realizado na primeira semana de novembro em Madri (Espanha).
Segundo os médicos que estiveram no evento organizado pelo governo espanhol, o perfil nutricional da bebida fermentada – feita a base de cevada, lúpulo e malte – pode proteger as mulheres da osteoporose, de complicações cardíacas e servir como repositor de estrogênio, hormônio que reduz na menopausa, provocando calores e sequelas desagradáveis.
“A cerveja, quando consumida moderadamente, ajuda na produção de estrogênio. Ela contém alumínio e silício, que fortalecem os ossos, é fonte de fibras e melhora o funcionamento do intestino, além dos outros nutrientes que reforçam o sistema imunológico feminino”, afirmou Tirso Pérez, chefe de ginecologia do Hospital Puerta de Hierro, da Espanha.
Contudo, ao ingerir mais do que duas latas diárias, reforçou Manuel Diaz Curiel, presidente da Fundação Hispânica de Osteoporose, os benefícios são anulados e as mulheres acabam suscetíveis não apenas à dependência química como infartos e acidentes vasculares cerebrais.
Apostando no lado bom do consumo moderado de cerveja, o Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente da Espanha, patrocinador do simpósio, colocou o consumo moderado de cerveja na pirâmide alimentar e indica a bebida, até mesmo para grávidas – a versão sem álcool, que fique claro! – por causa da presença do ácido fólico na composição.
“Os polifenois presentes na cerveja sem álcool também fortalecem o leite materno e favorecem o bebê”, endossou Pérez.
Outra vantagem da composição não alcoólica é que ela tem a metade das calorias das cervejas com álcool (14 calorias por 100 gramas contra 30 calorias por 100 gramas).
Beber com moderação foi ponto em comum entre todos os trabalhos científicos apresentados no encontro, que orientaram como incluir a cerveja na dieta saudável e, de quebra, evitar a barriga de chope sem precisar excluir da rotina a famosa “loira gelada”.
Fonte iG
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