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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Médicos não acreditam em avaliação feita por usuários

Apenas 12% dos entrevistados disseram que esses sites de avaliação usados por consumidores são úteis e devem se tornar mais disponíveis. Vinte e seis por cento disseram que era um obstáculo e não tinham o benefício, e 29% afirmaram que os sites não eram muito usados por pacientes e não afetava suas organizações.
 
Médicos em cargos de liderança estão cientes das avaliações médicas on-line e estão interessados no que os pacientes têm a dizer sobre eles, segundo uma pesquisa recente feita pela American College of Physician Executives (ACPE). Além disso, a maioria dos questionados concorda que estas avaliações se tornarão mais importantes na Era do reembolso com base no valor.
 
Apenas 12% dos entrevistados disseram que esses sites de avaliação usados por consumidores são úteis e devem se tornar mais disponíveis. Vinte e seis por cento disseram que era um obstáculo e não tinham o benefício, e 29% afirmaram que os sites não eram muito usados por pacientes e não afetava suas organizações.
 
Cerca de 55% dos médicos acreditam que 25% ou menos de seus pacientes já usaram um site de avaliação, e 35% dos questionados estimam que entre 25% e 50% dos pacientes visitam os sites citados.
 
Segundo uma pesquisa recente da Pew Internet , apenas 20% dos usuários da internet – um subconjunto de todos os consumidores e, portanto, dos pacientes – haviam consultado resenhas on-line de tratamentos médicos ou remédios, médicos, hospitais ou outro provedores. Apenas de 3% a 4% dos usuários da internet postaram resenhas de serviços de saúde ou provedores.
 
A pequena amostra é uma das razões pelas quais os médicos não acreditam nas avaliações on-line dos consumidores, afirmou Seth Glickman, médico e professor assistente de medicina na University of North Carolina em Chapel Hill, durante uma entrevista com o Information Week Healthcare. Glickman, um especialista em pesquisas de experiência de pacientes, apontou que os médicos também estão preocupados sobre a possibilidade de que os competidores talvez coloquem resenhas negativas ao seu respeito. E há a preocupação sobre como os sites estão medindo o que deixa o paciente feliz ou o que representa um bom cuidado clínico.
 
“Por exemplo, dar ao paciente uma prescrição de antibiótico para gripe não é medicina bem aplicada, mas há evidência mostrando que quando pacientes recebem essa receita, sentem que receberam um melhor cuidado”.
 
Algumas dessas avaliações são feitas por classificações externas que são mais cientificamente válidas, como as da Press Ganey, a National Committee on Quality Assurance, a Joint Commission e alguns planos de saúde. A pesquisa do ACPE descobriu que 29% dos questionados acham essas avaliações mais úteis, enquanto 14% acham um problema e uma perda de tempo. Quarenta e um por cento têm uma opinião neutra sobre esses relatórios.
 
Por outro lado, 75% dos questionados disseram que suas empresas classificam a qualidade dos médicos internamente e 71% dos coordenadores médicos disseram que essas avaliações são úteis e que eles dão suporte ao seu uso.
 
Apesar da rejeição esmagadora da avaliação on-line de médicos pelos consumidores, dois terços dos questionados disseram que visualizam sua classificação em sites como o Healthgrades, Vitals e Antie’s List. Desses, 39% concordaram com as avaliações e 42% concordaram parcialmente. Apenas 19% disseram que as resenhas estavam completamente erradas.
 
Isso não surpreendeu Glickman. “Muitos de nós sabemos o que fazemos bem e onde precisamos melhorar. Quando se tem um instrumento de pesquisa bem projetado e se consegue um grande feedback de um grande número de pacientes, é possível ver tudo isso emergir. É um bom sinal que os médicos pelo menos abrem-se para a possibilidade do que a informação pode fornecer e usá-la como plataforma para descobrir um meio de melhorar a entrega do cuidado”.
 
Quanto mais consumidores escreverem e lerem resenhas de médicos nesses sites, diz o executivo, os médicos começarão a levar mais a sério. “Quanto mais informação estiver disponível para o domínio público, mais médicos terão para analisar a informação e para acreditar que elas são válidas, com base em grandes amostras”.
 
Glickman finaliza dizendo que, enquanto isso, os médicos devem ter em mente quais são as áreas de cuidado da saúde (como engajamento do paciente e comunicação médico/ paciente) onde as avaliações do consumidor podem ajudar. “Há boas evidência de que quando melhoramos nessas áreas, entregamos mais qualidade no cuidado e com custo mais baixo. Os pacientes podem fornecer feedback valioso, que levam ao cuidado com mais qualidade”.
 
Das 730 lideranças médicas que participaram da pesquisa da ACPE, 31% trabalhavam para sistemas de saúde, 24% para hospitais, 20% para grupos clínicos e 9% para centros acadêmicos de saúde. Onze por cento trabalhavam em clínicas privadas.
 
Fonte SaudeWeb

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