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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Conheça as águas-vivas mais comuns no litoral gaúcho e saiba o que fazer em caso de queimadura

"Você sabe que está numa praia gaúcha quando, nos poucos dias em que o mar fica quente e transparente, ele é invadido pelas águas-vivas".
 
A frase publicada pelo jornalista Tulio Milman na página 03 de Zero Hora desta quinta-feira fala sobre um dos grandes inconvenientes do verão: as águas-vivas. Também conhecidos como mães-d'água, estes invertebrados de corpo gelatinoso incomodam os banhistas e até mesmo quem caminha pela orla, pois o contato com os seus tentáculos pode causar queimaduras que ardem e doem bastante, principalmente para as crianças.
 
A bióloga e diretora do Ceclimar/UFRGS, Norma Luiza Würdig, explica que a irritação causada pelas águas-vivas é causada por nematocistos, que são pequeníssimas cápsulas presentes nas células dos tentáculos e dos braços orais desses animais.
 
— Essas cápsulas explodem no contato com a pele, descarregando substâncias tóxicas que causam a queimadura — afirma a bióloga.
 
Mas nem todas as águas-vivas devem ser motivo de preocupação para quem está na praia. Algumas delas, apesar de também possuir os nematocistos, não causam irritações na pele. No Litoral Gaúcho, há cinco espécies mais comuns de águas-vivas.
 
Conheça cada uma delas e saiba quais merecem cuidado:
 
Olindias sambaquiensis: é uma água-viva mais clara, podendo ter tons amarelados nos tentáculos. Tem a umbrella (parte arrendondada do animal) em forma de pires ou guarda-chuva com tentáculos na borda. Pode chegar a até 12 cm. Merece atenção, pois os nematocistos dos seus tentáculos causam irritações na pele dolorosas.
 
 
Physalia physalis: também conhecida como caravela portuguesa, possui um flutuador colorido, parecendo um balão inflado de cor azulada que pode medir até 30 cm. Os tentáculos distendidos podem ser bastante longos, com mais de 1 m (podendo chegar até a 10 m). Os nematocistos desta água-viva são altamente tóxicos, podendo causar queimaduras e lesões graves.
 
 
Lychnorhiza lucerna: é uma água-viva rosada, normalmente grande, podendo chegar a 45 cm de diâmetro. Muito encontrada na beira da praia, tem um formato de pires, é achatada e com as extremidades da umbrella recortada em lóbulos mais azulados, sem tentáculos. Ela não costuma oferecer perigo de queimaduras.
 
 
Porpita: são águas-vivas pequenas, com diâmetro em torno de 2 cm, arredondadas e de cor azulada. Seus curtos tentáculos possuem nematocistos, mas não costumam causar irritações.
 
 
Velella: são pequenas, com diâmetro em torno de 2 cm, possuem uma pequena vela na superfície da umbrela. Têm cor azulada e tentáculos curtos, que não causam queimaduras.
 
O que fazer em caso de queimadura
Se o contato com uma água-viva causar queimadura, o primeiro passo é lavar o ferimento com a própria água do mar, para remover os tentáculos que estão presos na pele.
 
—Não use água doce, pois ela pode estimular ainda mais os nematocistos a liberar toxinas, piorando a situação — alerta a bióloga.
 
A dermatologista Carolina Feijó também dá algumas dicas. Confira:
 
— Se for possível enxergar os tentáculos da água-viva na pele, coloque água salgada e procure um local que tenha água quente para lavar o ferimento e retirá-los
 
— Se a pessoa queimada apresentar tontura ou falta de ar, e a pele ficar elevada (como placa de urticária), procure um médico. Esses são sintomas de um choque anafilático, que é raro, mas pode ocorrer
 
— Compressas com vinagre também são indicadas para aliviar a dor. Mas, atenção: o vinagre é a única receita caseira que pode funcionar. Fuja de todas as outras
 
— Não coloque areia. Ela vai esfoliar a pele e piorar o ferimento
 
— Evite pegar sol para não queimar ainda mais o local
 
— Nas horas seguintes, procure não se movimentar muito para não aumentar o calor e a inflamação
 
— Não trate o ferimento causado pela água como uma queimadura comum. Algumas pomadas podem até piorar a situação
 
— Um antialérgico ou uma pomada de corticoide podem também podem ajudar a aliviar a dor
 
Fonte Zero Hora

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