A medida de mais de 90 cm para os homens e mais de 80 cm para as mulheres denuncia faixa de risco |
Para muitos homens a "barriga de chope" não passa de um incômodo estético. Mas a
gordura abdominal pode causar inúmeros problemas à saúde e influenciar no
desempenho sexual.
Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta que o homem brasileiro está mais barrigudo, sedentário, acima do peso e desatento com a sua saúde. De acordo com essa pesquisa, 51% estão acima do peso, 64% nunca realizaram exames para medir os níveis de testosterona, 38% não tem o hábito de ir ao médico e 23% relacionam a obesidade ao envelhecimento.
Além disso, 37% admitem o uso de remédio para ereção. Segundo o médico clínico geral e especialista em obesidade João Pinheiro, a gordura abdominal é um fator de risco para doenças cardiovasculares como infarto, hipertensão e diabetes tipo II.
— O excesso de gordura acumulada no abdome não afeta apenas a questão estética, mas a saúde sexual do homem. Por ser ainda a responsável pela redução dos níveis de testosterona, o que provoca um desequilíbrio hormonal, sendo um dos fatores de risco para o surgimento de problemas como a falta de ereção — alerta.
O volume da gordura abdominal coloca a saúde sexual do homem em risco a partir do momento que a cintura ultrapassa 94 cm, aumentando de duas a três vezes as chances de impotência sexual.
— Quando ocorre o aumento da gordura abdominal os níveis de testosterona podem ficar comprometidos e cair. Além disso, o homem corre o risco de sofrer com a obstrução das artérias pela gordura e, caso isso aconteça, irá sentir dificuldade na irrigação peniana, impedindo que alcance a ereção — destaca o médico.
Além disso, a gordura abdominal pode causar doenças cardíacas, diabetes, síndrome metabólica, derrame, colesterol elevado e pressão alta.
— Quanto mais gordura armazenada nessa região maior a chance de infarto e derrame, principalmente se este volume estiver acompanhado de pressão alta, colesterol alterado, diabetes ou cigarro — informa o Dr. Pinheiro.
Sem medo de medir
Para acabar com dúvidas, pegue uma fita métrica e meça a circunferência abdominal. O médico explica que o correto é posicionar a fita métrica entre a borda inferior das costelas e a borda superior do quadril.
— Depois o correto é relaxar o abdome e expirar no momento de medir, fazendo o registro. A medida de mais de 90 cm para os homens e mais de 80 cm para as mulheres denuncia faixa de risco. E se essa medida for superior a 102 cm para o sexo masculino e 88 cm para o feminino, o perigo é infinitamente maior — observa.
Vale lembrar que o problema não afeta apenas os homens, nas mulheres a medida ideal é de 80 centímetros. Acima disso, é preciso ficar em alerta.
Cuide da sua saúde
Sedentarismo, predisposição genética, falta de dieta equilibrada e estresse são os fatores que contribuem para a gordura ficar localizada na região abdominal.
— O estresse eleva o nível do hormônio cortisol no sangue provocando aumento de apetite e, consequente, ganho de peso. Para prevenir o problema, o indicado é realizar atividade física, ingerir mais frutas e legumes, evitar alimentos gordurosos ao estilo fast food e cultivar bons hábitos — recomenda o especialista.
Para reduzir a barriga são necessários alguns cuidados
Ainda não existe milagre para se livrar da barriga. A única forma é mudar os hábitos, associando regime com atividades físicas. Siga os conselhos do médico João Pinheiro para perder medida:
• Não consuma alimentos industrializados, frituras, doces e biscoitos (pois são repletos de gorduras do "mal").
• Consuma mais gorduras do "bem" como azeite extravirgem na salada, castanhas, peixes gordurosos como salmão, sardinha, cavala (óleos de peixe e linhaça também são boa forma de acrescentar gorduras do bem no seu dia a dia).
• Troque os pães e o arroz pelas versões integrais.
• Ingira sempre, no almoço e no jantar, salada de vegetais (se for cozido que seja no vapor) e faça atividade física pelo menos quatro vezes por semana.
Para quem quer se livrar da barriga, é importante também evitar o consumo de bebidas alcoólicas ou ingerir moderadamente.
Fonte Diário Catarinense
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