A suspeita é de cobranças indevidas por implantes que não foram feitos |
A
suspeita é de cobranças indevidas por implantes que não foram feitos. Entre os
hospitais investigados um é público e os demais privados ou filantrópicos.
A suspeita surgiu depois que o Departamento Nacional de Auditorias do Sistema
Único de Saúde (Denasus) identificou “possíveis distorções” em pagamentos feitos
em 2012. foram selecionados as unidades que registraram alto índice de
cirurgias, em que mais de uma prótese ou órtese foram implantadas em um
paciente. Em cinco dos estabelecimentos, o percentual de cirurgias múltiplas
girou de 54% a 99%, enquanto o parâmetro, segundo a pasta, é 20%.
Adalberto Fulgêncio, diretor do Denasus, disse que a auditoria vai analisar
prontuários de pacientes que fizeram cirurgias para receber mais de uma órtese
ou prótese pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos 20 hospitais, localizados nas
cinco regiões do país.
“Cada produto desses é registrado, tem um selo que deve estar anexado a todos
os prontuários dos usuários que sofrem uma intervenção cirúrgica para pôr uma
prótese ou órtese”, disse Fulgência. Ele ressaltou que no hospital público a
aquisição das órteses e próteses também vai ser auditada para “verificar se
houve superfaturamento, porque neles a aquisição é por licitação”.
Fulgêncio declarou ainda que em 2012 o SUS pagou R$ 1 bilhão em órteses e
próteses, sendo que 88% desse valor foi em procedimentos cardiológicos e
traumato-ortopédicos, o foco da auditoria.
Caso sejam comprovadas irregularidades, o Denasus poderá solicitar o
ressarcimento do recurso público usado de forma indevida. Os responsáveis podem
responder criminal, administrativa e eticamente.
A força-tarefa será instituída em portaria, que deve ser publicada esta
semana no Diário Oficial da União e tem previsão para começar a
investigação nos próximos dez dias. O grupo terá 60 dias para concluir as
apurações.
Fonte Agência Brasil
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