O custo do tabagismo nos Estados Unidos é equivalente a US$193 bilhões por ano, e no Brasil corrresponde a cerca US$ 10 bilhões |
"A ideia é que a gente sirva como uma força da academia e do pensamento
político da Fiocruz para apoiar o Plano de Controle de Doenças Crônicas Não
Transmissíveis do Brasil. Temos algumas linhas de trabalho de pesquisas e ensino
ocorrendo e a gente pretende ampliar isso", disse, acrescentando projetos sobre
os efeitos do cultivo do tabaco em trabalahadores e avaliação sobre a propaganda
do fumo e do álcool na televisão.
De acordo com a coordenadora, as inscrições para os cursos do Cetab podem ser
feitas pelo site da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz e
alguns serão à distância. "Estamos montando um curso de ensino à distância para
agentes de vigilância sanitária e um no ano que vem para o pessoal do SUS
[Sistema Único de Saúde]. O curso de agora é presencial. As informações podem
ser obtidas no www.ensp.fiocruz e as inscrições para um curso
em julho já estão abertas", informou.
Para se inscrever, é preciso ter nível superior."Tanto pode ser uma pessoa de
economia, de jornalismo ou de agronomia, por exemplo. Qualquer área pode entrar
para aprender o Programa de Saúde Pública", explicou.
Sobre o combate ao tabagismo no Brasil, a pesquisadora da Ensp considera o
programa de controle vitorioso e um exemplo para outras políticas de promoção da
saúde, mas precisa de regulamentação. "A gente, de certa forma, está meio
paralisado porque a última lei promulgada sobre a proibição de publicidade nos
pontos de venda e a de proibição de fumar em ambientes fechados ainda não
tiveram a regulamentação.
Então, apesar de estar em queda o consumo no país, ainda estamos com estas
medidas no ar sem poder implementá-las. Neste sentido, o governo precisa tomar
uma posição e fazer logo com que essa regulamentação seja vigente",
esclareceu.
Na inauguração do centro, o presidente da Academia Nacional de Medicina,
Marcos Moraes, apontou que o custo do tabagismo nos Estados Unidos é equivalente
a US$193 bilhões por ano, e no Brasil corrresponde a cerca US$ 10 bilhões. A
coordenadora do Cetab concordou com preocupação apresentada pelo presidente.
Para ela, as políticas de controle do câncer no Brasil estão sendo alvo de
duplo comando, de dupla abordagem. "Tem um grupo no Ministério da Saúde e um
outro grupo no Inca [Instituto Nacional do Câncer]. O Inca é a instituição que
na verdade deveria estar no comando deste processo", disse a pesquisadora.
Fonte Agência Brasil
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