Rio de Janeiro - Ao menos 20 bebês devem ser operados em um mutirão do
Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into). O
procedimento médico busca corrigir a paralisia do plexo braquial, causada por
lesões ocorridas durante o parto.
O plexo braquial é um conjunto de nervos da região do pescoço, clavícula e
axilas. Sai da medula espinhal e se distribui, assumindo a sensibilidade e
movimento do braço, antebraço, mão e ombro. O chefe do Centro de Microcirurgia
Reconstrutiva do Into, Pedro Bijos, disse que a cirurgia deve ser realizada até
seis meses depois do parto, para que haja recuperação de algum movimento.
O instituto vai fazer também uma série de palestras científicas sobre o tema,
com a exibição ao vivo das cirurgias para médicos e residentes, além de dois
professores europeus convidados, Alain Gilbert e Philippe Valenti.
Ontem os médicos fizeram avaliação das crianças que passarão pelo
procedimento, e o número de operações pode ser maior do que 20. As cirurgias
serão feitas hoje(28) e quarta-feira.
De acordo com o Into, a cada dez microcirurgias feitas na unidade, seis são
de plexo braquial, em crianças que sofreram lesões no parto ou em jovens
acidentados com motocicletas. Nas crianças, os casos costumam ser menos graves e
de mais fácil recuperação. São raros os casos em que há paralisia total. Para
Bijos, é importante que a sociedade saiba mais sobre o problema, que, segundo
ele, não pode ser tratado somente com fisioterapia.
Fonte Agência Brasil
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