Crianças que ingeriram a droga apresentaram sintomas que incluem problemas respiratórios, sonolência extrema, dificuldade em andar e letargia |
O número de crianças intoxicadas acidentalmente com maconha cresceu após a legalização do uso recreativo da droga no estado do Colorado, nos EUA. É o que revela estudo de pesquisadores do Children's Hospital Colorado e da University of Colorado School of Medicine.
A pesquisa revela que a mudança na lei sobre a maconha tem causado aumento significativo no número de crianças tratadas devido a ingestão acidental de biscoitos, doces, brownies e bebidas contendo a droga.
"Temos visto um aumento na ingestão involuntária de maconha por crianças desde a modificação das leis de drogas no Colorado. Precisamos educar os usuários de maconha, a comunidade e os profissionais médicos sobre os perigos potenciais", afirma o principal autor da pesquisa George Wang.
O estudo, publicado no JAMA Pediatrics, comparou o número de crianças atendidas no serviço de urgência do Children's Hospital Colorado com a ingestão de maconha antes e depois da modificação das leis sobre drogas do Colorado a partir de 2009.
Um total de 1.378 pacientes com menos de 12 anos de idade foram avaliados para ingestões acidentais, 790 antes de 30 de setembro de 2009 e 588 depois de 1 de outubro de 2009.
O número de crianças tratadas por exposição à maconha antes de 30 de setembro foi zero. O número a partir de outubro foi de 14, com oito desses com consumo de produtos alimentares à base de maconha.
Segundo Wang, a maconha de hoje pode ser muito mais forte e estes produtos podem conter concentrações mais altas de THC, o ingrediente ativo da droga. Algumas barras de chocolate com maconha, por exemplo, contêm 300 miligramas de THC.
Produtos comestíveis feitos com maconha têm aparência e sabor parecidos aos dos doces tradicionais, o que aumenta o risco de serem ingeridos pelas crianças.
As crianças que ingeriram a droga apresentaram sintomas que incluem problemas respiratórios, sonolência extrema, dificuldade em andar e letargia. Muitos foram submetidos a uma bateria de testes caros para diagnosticar o seu problema, pois os profissionais médicos não estavam familiarizados com esses sintomas derivados do uso da maconha.
Para Wang, à medida que mais estados do país legalizarem a droga, o problema tende a aumentar.
"Antes do boom esses tipos de maconha comestíveis não eram produzidos em massa e a quantidade de THC ingerida era um pouco limitada, mas agora estamos vendo uma força muito maior da maconha. A chave para isso é a prevenção através da embalagem à prova de crianças", conclui.
Fonte isaude.net
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