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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Identificada substância química que torna ratos-toupeira resistentes ao câncer

Ratos-toupeira-pelados são roedores subterrâneos conhecidos por não desenvolver câncer.
Foto: Brandon Vick/University of Rochester
Ratos-toupeira-pelados são roedores subterrâneos conhecidos por
 não desenvolver câncer
Descobertas sugerem que ácido hialurônico pode levar a novos tratamentos para a doença em seres humanos
 
Pesquisadores da Universidade de Rochester, nos EUA, descobriram a substância química que torna com que os ratos-toupeira-pelados à prova de câncer.
 
As descobertas podem eventualmente levar a novos tratamentos para câncer em seres humanos.
 
 
Ratos-toupeira pelados são pequenos roedores subterrâneos sem pelos que nunca foram conhecidos por desenvolver câncer, apesar de ter uma vida útil de 30 anos.
 
O grupo de pesquisa liderado por Andrei Seluanov e Vera Gorbunova descobriu que esses roedores são protegidos contra o câncer porque seus tecidos são muito ricos em ácido hialurônico com alto peso molecular (HMW-HA).
 
O foco dos biólogos em HMW-HA começou depois que eles perceberam que uma substância gosmenta na cultura do rato-toupeira-pelado foi entupindo as bombas de vácuo e a tubulação. Eles também observaram que, ao contrário da cultura do rato-toupeira-pelado, outras culturas contendo células de humanos, ratos e cobaias não foram viscosas.
 
Gorbunova e Seluanov identificaram a substância como HMW-HA, o que os levou a testar seu possível papel na resistência do rato-toupeira-pelado na resistência ao câncer.
 
A equipe, em seguida, mostrou que quando HMW-HA foi removido, as células tornaram-se susceptíveis a tumores, confirmando que o produto químico desempenha um papel na resistência dos animais à doença.
 
Os pesquisadores também descobriram o gene, chamado HAS2, responsável por produzir HMW-HA no rato-toupeira-pelado. Surpreendentemente, o gene de rato toupeira pelado foi diferente de HAS2 em todos os outros animais. Além disso, os animais eram muito lentos na reciclagem de HMW-HA, o que contribuiu para o acúmulo da substância nos seus tecidos.
 
O próximo passo será testar a eficácia de HMW-HA em camundongos. Se esse teste for bem sucedido, Seluanov e Gorbunova esperam testar o produto químico em células humanas. "Há evidências indiretas de que HMW-HA funcionaria em pessoas. Ele é usado em injeções antirrugas e para aliviar a dor da artrite em articulações do joelho, sem quaisquer efeitos adversos. Nossa esperança é que ele também possa induzir uma resposta anticâncer", afirma Seluanov.
 
Segundo Gorbunova, várias pesquisas sobre o câncer se concentram em animais que são propensos à doença. "Achamos que é possível aprender estratégias para prevenir tumores ao estudar os animais que são à prova de câncer", conclui.
 
Fonte isaude.net

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