Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sexta-feira, 26 de julho de 2013

Parabenos, chumbo e formol: ingredientes de cosméticos podem fazer mal à saúde

Glosses e batons podem ter chumbo em suas fórmulas até uma
quantidade considerada segura. Para não ter problemas com
 cosméticos, cheque se o produto tem autorização da ANVISA
Saiba mais sobre os ingredientes tóxicos presentes nas fórmulas dos produtos de beleza do dia a dia e os cuidados que devem ser tomados para não correr riscos ao se embelezar
 
Do xampu ao hidratante, passando pelo esmalte e pelo rímel, muitos produtos que fazem parte de uma rotina de cuidados com a beleza apresentam em sua composição substâncias que podem fazer mal à saúde. Conservantes, como os parabenos, presentes em cosméticos variados, e o formaldeído, famoso pelos alisamentos de cabelos, são alguns dos mais comuns.
 
Os parabenos, segundo Neto, já foram ligados a casos de câncer, mas não há comprovação científica de que realmente sejam cancerígenos. “Eles aparecem em quase todos os cosméticos, pois evitam contaminação bacteriana”, afirma Leonardo Abrucio Neto, dermatologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
 
Raquel Toyota, dermatologista da Clínica Carla Albuquerque de Dermatologia e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, complementa: “Alguns estudos apontaram os parabenos como potencialmente cancerígenos por apresentarem propriedades estrogênicas, comportando-se como hormônio feminino, mas existem controvérsias a esse respeito e ainda não há dados suficientes que comprovem que essas substâncias sejam realmente prejudiciais. O que é certo que os parabenos podem fazer é causar quadros de alergia”.
 
Para Neto, o primeiro cuidado que uma pessoa deve ter antes de comprar um produto é descobrir se tem a pele sensível a algum ingrediente específico – e o melhor profissional para investigar isso é um dermatologista. “Aí, caso tenha, o melhor é optar por produtos hipoalergênicos, que são formulados com menos substâncias, justamente para evitar reações alérgicas”, diz. “É preciso observar, na rotulagem do produto, a composição da fórmula e não utilizar aqueles que contenham ingredientes aos quais a pessoa seja alérgica”, destaca Raquel.
 
Dermatologista do Núcleo Avançado de Câncer de Pele do Hospital Sírio-Libanês, Cristina Abdalla recomenda sempre checar se o cosmético a ser comprado tem o reconhecimento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) . “Às vezes é um produto importado, que a pessoa não sabe nem como entrou no Brasil, então, é preciso ver se ele foi aprovado, se está regulamentado, além de ver suas condições de armazenamento e se está lacrado”, alerta a médica.
 
Existem outras substâncias que são encontradas com frequência em cosméticos e merecem atenção especial. Uma delas é o amônio, que aparece em tinturas de cabelos e descolorantes e causa irritação em quem tem a pele sensível. Outro ingrediente tóxico é o formaldeído, ou formol.
 
Rosanna Nocito, dermatologista do Hospital e Maternidade São Luiz, explica que o excesso de formol, que é altamente alergênico, pode até induzir quadros de intoxicação respiratória. “Os quadros mais graves chegam a resultar em edema ou sufocamento, sendo necessária a intervenção com medicamentos intravenosos, em um pronto-socorro.”
 
Raquel Toyota cita também o lauril sulfato de sódio, produto químico utilizado em diversos cosméticos, como xampus, removedores de maquiagem e pasta de dentes. “É um componente que pode causar irritação nos olhos, pele e mucosas, mas isso depende da concentração a que as pessoas se expõem. Seu efeito irritante é semelhante à ação de qualquer outro detergente e não está associado ao câncer”, alerta.
 
O óleo mineral, derivado do petróleo, já foi apontado como vilão. Comum em produtos de cabelo, hidratantes e maquiagem, tem propriedades emolientes e lubrificantes. Raquel afirma que, raramente, ele provoca alergias e que, atualmente, não há nenhuma evidência de que o óleo mineral em cosméticos cause doenças mais graves.
 
Uma substância bastante polêmica é o chumbo, presente em muitos batons. Neto aponta que, em excesso, há a chance de resultar em uma lesão neurológica. “Por isso, sempre é melhor olhar o rótulo, evitando os que o tenham na fórmula”, defende o dermatologista da Beneficência Portuguesa.
 
Os médicos, porém, são unânimes ao dizer que, quando o cosmético é aprovado pela Anvisa, é porque apresenta uma quantidade segura dessas substâncias chamadas tóxicas. “No caso das consideradas cancerígenas, se o produto estiver liberado pela agência, não oferece esse risco. Já a questão de alergia é muito individual, por isso é preciso saber exatamente a substância a que se é alérgico, para, no rótulo, procurá-la”, avisa Cristina.
 
Raquel chama a atenção para o fato de que ainda faltam estudos que realmente comprovem o perigo das substâncias presentes nos cosméticos para a saúde. “As informações que temos são ainda controversas e carecem de mais estudos. Até agora, ao que tudo indica, as concentrações utilizadas em cosméticos são consideradas seguras”, fala.
 
Para Rosana, a melhor maneira de não errar na hora de escolher os produtos que vão fazer parte da sua rotina de beleza é mesmo procurar um médico. “Seguindo a indicação de um dermatologista, a pessoa encontra cosméticos adequados ao seu tipo de pele, preservando-se. E, na suspeita de alergia, consulte-se com um especialista, pois existem testes alérgicos que comprovam quais são as substâncias a que a pele é sensível”, encerra.

Fonte Delas

Nenhum comentário:

Postar um comentário