Uma dor incômoda, persistente, principalmente ao acordar e colocar os pés no chão e que acomete sedentários e atletas. Esses são alguns dos sintomas da fascite plantar, uma inflamação na estrutura que recobre os músculos da planta do pé – a fáscia plantar.
De acordo especialistas, a fascite plantar atinge mais os homens com idade entre 40 e 70 anos. Mas isso não isenta as mulheres. E eu sou um exemplo disso. Adoro fazer longas caminhadas e ao consultar o ortopedista pude comprovar que as dores intensas especialmente no pé esquerdo tinham um motivo.
Para entender melhor a inflamação é preciso conhecer o pé, como explica a fisioterapeuta Raquel Castanharo. “A fáscia plantar, estrutura que recobre os músculos da sola do pé, tem entre outras funções auxiliar nos movimentos e na sustentação do arco medial do pé, além de absorver o impacto do corpo com o solo. Se houver alguma mudança relacionada a esses mecanismos, ocorre a inflamação”.
E elas são acarretadas, na maioria dos casos, por alguma dessas ações:
• O uso de calçados inadequados, muito baixos, com solas macias e sem apoio à curva do pé. Atenção mulheres: o uso recorrente das sandálias rasteirinhas e sapatilhas contribuem para o problema
• Pisada inadequada: pé plano (popularmente pé chato)
• Obesidade ou ganho rápido de peso
• Corridas ou caminhadas de longa distância, especialmente em ladeiras ou em superfícies irregulares
• Permanência por longos períodos em pé
• Tensão no tendão de aquiles (o tendão que liga os músculos da panturrilha ao tornozelo)
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é feito por meio de exame radiológico. Se o resultado for positivo é hora de iniciar o tratamento adequado.
Segundo o ortopedista Sérgio Vianna, o uso de medicamentos é indicado para aliviar as dores, acompanhado do uso de palmilhas ortopédicas ou calcanheiras. O uso de sapatos adequados com apoio e amortecedores de impacto ajudam muito. Mas também há casos em que se faz necessário o uso de botas imobilizadoras.
Raquel Castanharo lembra que a fisioterapia é outra aliada importante do tratamento, principalmente, para fortalecer os músculos do pé e treino do movimento para melhorar o amortecimento de impacto ao piso no solo.
Se nenhuma dessas medidas der resultado, Vianna diz que ainda é possível indicar aplicações no pé inflamado. “Temos ainda a cirurgia, só indicada em casos graves”.
Em todos os casos, a indicação dos profissionais é preciso ser seguida. O tratamento pode durar variável de algumas semanas a anos. Na maioria dos pacientes, a melhora aparece após nove meses.
Então, já sabe: procure um ortopedista e cuide com carinho daquele que te leva para todos os lugares.
Folha Vitória
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