A decisão de incluir, na rede pública, a vacina contra a coqueluche para
gestantes foi oficializada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (11), via
portaria publicada no "Diário Oficial" da União.
A pasta pretende oferecer a vacina a partir de 2014, em cronograma ainda a
ser fechado.
Com a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) para gestantes, o
governo busca dar imunidade, indiretamente, aos bebês. Dados oficiais indicam
que 70% dos casos de coqueluche em 2011 foram em crianças menores de um ano, e
92% em bebês de até sete meses de idade.
Em 2011, o país registrou 55 mortes pela doença --todas entre crianças menores
de seis meses de idade.
O esquema vacinal da criança contra a coqueluche começa com uma primeira dose
de vacina aos dois meses de idade; a segunda é dada aos quatro meses, e a
terceira aos seis meses. Dois reforços são dados: um aos 15 meses e um aos
quatro anos de idade.
Na avaliação do ministério, crianças menores de seis meses de idade são as
mais vulneráveis à doença, por não terem completado o esquema básico de
vacinação, com as três primeiras doses.
Assim, ao vacinar as mães, o governo pretende ampliar a imunidade da criança
e evitar um canal de transmissão ao bebê.
"A vacinação de gestantes poderá contribuir tanto para a diminuição da
transmissão da doença para o lactente precoce, como poderá oferecer proteção
vacinal indireta nos primeiros meses de vida, quando a criança ainda não teve a
oportunidade de completar o esquema vacinal", diz um dos relatórios do governo
feitos no processo de autorização da vacina no SUS.
Segundo o relatório, a coqueluche teve redução importante de casos na década
de 90. Desde 2011, porém, registra o documento, o país tem "observado um aumento
progressivo do número de casos, ultrapassando o limite superior esperado".
Folhaonline
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