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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Planos de saúde: Unimed Paulistana pode deixar clientes na mão, segundo ANS

Para ANS, Unimed Paulistana tem anormalidades 'graves'
Operadora tem problemas econômico-financeiros graves e sofre nova intervenção da agência
 
Os beneficiários da Unimed Paulistana, que tem 809 mil clientes, correm o risco de ficar sem atendimento por causa das más condições econômico-financeiras da operadora. Por esse motivo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) colocou a empresa novamente sob regime de direção fiscal.
 
Segundo a resolução da ANS que determinou a intervenção, publicada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União, a Unimed Paulistana sofre de "anormalidades" econômico-financeiras e administrativas "graves" que "colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde". 
 
A operadora deverá apresentar um plano para resolver seus problemas de caixa. Se a ANS julgar que a recuperação da Unimed Paulistana é inviável, pode dar aos consumidores o nos planos de saúde para dar cobertura aos novos clientes).
 
Para que a mudança seja possível, porém, a ANS precisa estabelecer o regime de portabilidade especial, o que não foi determinado até agora. Se isso ocorrer, os clientes terão 60 dias para fazê-lo.
                          
A Unimed Paulistana tem de continuar a prestar todos os serviços aos seus clientes, que devem continuar a pagar as mensalidades, orienta o Procon de São Paulo. Caso tenham problemas, a orientação é fazer queixa ao órgão e também à ANS (veja os contatos abaixo).
 
Em nota, a Unimed Paulistana informou ter certeza de que a direção técnica será temporária e em nada afetará os negócios da operadora.
 
"Pelo contrário, será um estímulo a mais para melhorarmos continuamente nossos processos visando sempre o atendimento de excelência a nossos mais de 800 mil beneficiários", diz o texto.
 
A empresa ressaltou que, desde o final de 2012, a Pricewaterhousecoopers realiza um "profundo diagnóstico" de seus negócios e que diversos processos foram remodelados a partir desse processo. A nota lembra ainda que há 90 dias o presidente executivo da Unimed Paulistana é Augusto Cruz, ex-presidente do Grupo Pão de Açúcar.
 
A ANS informou que a direção fiscal pode durar até 365 dias. Durante esse prazo, um agente do órgão regulador irá acompanhar, de dentro da empresa, a administração da Unimed Paulistana, mas não terá poder de gestão. 
 
Triplo de reclamações
A Unimed Paulistana é a 14º maior operadora de plano de saúde do País e a 7ª maior do Estado de São Paulo, onde responde por 3% do mercado, em número de beneficiários. Em média, a empresa tem sido alvo de três vezes mais queixas à ANS do que as outras operadoras do seu porte.
 
A ANS já havia colocado a Unimed Paulistana sob regime de direção fiscal em 2009, quando a direção da empresa chegou a ser afastada. A intervenção foi revogada em março de 2011 pois a agência entendeu que os problemas financeiros da empresa estavam sanados. 
 
Atualmente, há 15 operadoras em regime de portabilidade especial, das quais três são Unimeds. A lista completa pode ser consultada no site da ANS .
 
Para Renan Ferraciolli, assessor-chefe do Procon-SP, o restabelecimento de direção técnica na Unimed Paulistana mostra que falta regulação no mercado de saúde suplementar do País.
 
"Cada vez mais nos deparamos com casos como esses [ de punições da ANS a operadoras ]", diz Ferraciolli. "[ O controle da ANS ] é sempre muito a posteriori , vem quando o caos já está instalado. O que nós ressaltamos é a necessidade de regulação num momento prévio", afirma o assessor-chefe do Procon-SP.
 
No primeiro semestre de 2013, a Unimed Paulistana foi a 4ª operadora mais reclamada junto ao Procon-SP, com 126 questionamentos. Mas, segundo Ferraciolli, as queixas ao órgão sobre planos de saúde são apenas "a ponta do iceberg", pois é mais comum que os beneficiários procurem diretamente à Justiça.
 
"Estamos num momento problemático da saúde suplementar no País. Da forma que está, o consumidor não está satisfeito. São inúmeros problemas, históricos como novos, e que não vêm garantindo ao consumidor uma fruição adequada", afirma o assessor-chefe do Procon-SP.
 
Procon: 151 (na cidade de São Paulo)
 
ANS: 0800 701 9656
 
iG

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