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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Unha inflamada - Paroníquia

A paroníquia, chamada popularmente de panarício ou unheiro, é uma inflamação da pele ao redor da unha, geralmente de origem bacteriana, que surge após ferimentos nesta região. A paroníquia pode ser aguda, com duração de poucos dias, ou crônica, com duração de  várias semanas.
 
Como surge a paroníquia
A paroníquia é, na maioria dos casos, uma infecção de origem bacteriana, que provoca intensa inflamação na pele do canto da unha. A paroníquia pode surgir nos dedos das mãos ou dos pés.
 
A inflamação surge quando bactérias comuns da pele conseguem contaminar feridas produzidas ao redor da unha, geralmente após pequenos traumas, como lesões na cutícula, roer as unhas, cortar a unha em excesso, topadas com o dedão do pé, uso de sapatos apertados, ou quando a manicure “tira um bife” do seu dedo. É importante entender que a pele é uma barreira física que protege o nosso organismo contra germes do meio exterior. Sempre que essa barreira sofre uma lesão, surge uma porta de entrada para que as bactérias da pele tenham acesso aos tecidos mais profundos.
 
Além de traumas, outras situações também podem provocar pequenas fissuras na pele ao redor da unha, favorecendo a invasão por bactérias. Entre os fatores de risco podemos citar, chupar o dedo, trabalhos que exijam que as mãos fiquem imersas na água por muito tempo, contato frequente das mãos com produtos químicos, pessoas que trabalham com jardinagem, portadores de diabetes mellitus ou pacientes com problemas circulatórios nos membros.
 
Causas da inflamação da unha
Na maioria dos casos, a lesão é invadida por bactérias que colonizam a nossa pele. O agente mais comum é a bactéria Staphylococcus aureus. Outras bactérias da pele também podem causar a paroníquia, entre elas o Streptococcus e a Pseudomonas.
 
Quando a lesão da pele ao redor da unha é provocada por mordidas ou pelo ato de roer a unha, microrganismos naturais da boca podem ser o agente invasor, incluindo, além do Staphylococcus e do Streptococcus, bactérias como Eikenella corrodens, Fusobacterium, Peptostreptococcus, Prevotella e Porphyromonas.
 
Se nas paroníquias agudas as bactérias são as causas mais comuns, na forma crônica o agente infeccioso pode ser o fungo Candida albicans. Todavia, mesmo nas formas crônicas, a prevalência de infecção bacteriana também é alta, sendo comum a infecção mista por bactérias e fungos ao mesmo tempo.
 
A paroníquia crônica também pode ser causada por um processo eczematoso, com inflamação da pele sem relação com agentes infecciosos. Nestes casos não há infecção, apenas inflamação. Esta forma é comum em pessoas que trabalham com produtos químicos ou vivem com as mãos úmidas.
 
Sintomas da paroníquia
A paroníquia aguda geralmente acomete um único dedo e se caracteriza por uma inflamação, com inchaço, vermelhidão e dor, em um dos cantos da unha, na região onde houve o trauma que deu origem à invasão bacteriana. É comum que a infecção dê origem a um pequeno abscesso, sendo frequentemente possível notar a presença de pus abaixo da pele. O paciente apresenta o canto da unha bem inflamado, com uma pequena mancha branca ou amarelada, que é a coleção de pus logo abaixo da epiderme.
 
Na forma aguda, a inflamação surge rapidamente, apenas algumas horas depois da pele ser ferida. O quadro evoluiu de forma rápida, e a inflamação atinge seu ápice em mais ou menos 1 ou 2 dias. Febre não costuma ocorrer. Se presente, é sinal de que a infecção pode estar se espalhando. Uma das complicações comuns da paroníquia é a erisipela ou celulite.
 
A forma crônica costuma apresentar uma inflamação menos intensa e não é habitual haver pus. A ponta dos dedos acometidos costuma ficar bem inchada, mas a dor e a vermelhidão não são tão severas. Mais de uma unha pode encontra-se inflamada ao mesmo tempo. Nos casos de infecção por fungos, o quadro tem instalação mais lenta, demorando dias para a inflamação surgir plenamente.
 
Tratamento da paroníquia
Na maioria dos casos, a paroníquia pode ser tratada apenas com compressas quentes, 3 a 4 vezes por dia, e higiene adequada do local.
 
Se houver sinais de pus, o recomendado é drená-lo. Se a quantidade de pus for pequena, uma massagem suave no dedo imerso em água morna costuma facilitar a drenagem. Lembre-se de manter a região sempre bem limpa para evitar reinfecções. Se o inchaço e a coleção de pus forem grandes, o ideal é que a drenagem seja feita por um médico. Não tente espremer abscessos em casa.
 
Na maioria dos casos não é necessário usar antibióticos, mas se a lesão estiver piorando progressivamente, eles podem ser indicados para impedir a disseminação da bactéria para tecidos mais profundos. Os antibióticos mais usados são a cefalexina, amoxicilina + clavulanato ou clindamicina.
 
Nos casos de paroníquia crônica, as medidas mais indicadas são evitar a umidade e o contato com produtos químicos nos dedos afetados. Para acelerar a cura, pomadas com antifúngicos (cetoconazol, itraconazol ou fluconazol) e corticoides podem ser usadas. Em alguns casos, quando não há infecção associada, uma pomada simples com corticoides é suficiente.
 
MD Saúde
 
Nota - esta matéria tem caráter apenas informativo. Não induzimos ninguém a se automedicar. Procure sempre o seu médico, ele é o profissional mais indicado para lhe orientar e prescrever medicamentos se for necessário.

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