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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pílula anticoncepcional pode aumentar risco de trombose, mas protege mulher contra o câncer

Pílulas anticoncepcionais são um dos métodos contraceptivos que evitam a gravidez não planejada. No entanto é preciso ter cuidado, pois ela aumenta o risco de trombose além de não ser recomendada para mulheres com problemas de circulação.
 
O ginecologista e obstetra José Bento, dos hospitais Albert Einstein e Maternidade São Luiz, explica essas e outras dúvidas sobre o remédio.
 
Qualquer pessoa pode tomar pílula anticoncepcional?
Não. A mulher, antes de tomar pílula, precisa passar por uma consulta com o ginecologista para saber se ela pode ou não tomar o medicamento. Existem algumas contraindicações que só um médico pode avaliar.
 
Como é feita a escolha do melhor contraceptivo para a mulher?
A mulher sempre deve escolher o contraceptivo junto com seu médico. Somente um profissional pode indicar uma pílula que tenha menos efeitos colaterais, com menor taxa de hormônios e que seja mais adequada para aquela paciente específica.

Por exemplo, para uma paciente que tenha a pele oleosa, o médico vai escolher uma pílula que vai ajudar a melhorar a pele; para aquela que tenha fluxo muito aumentado, ele vai indicar uma pílula que vá diminuir o fluxo; e assim por diante.
 
Pessoas que sofrem com problemas de circulação podem utilizar a pílula?
As pílulas anticoncepcionais não são recomendadas para pessoas com problemas de circulação. No entanto, é necessário que a mulher converse com um ginecologista para avaliar o caso. Normalmente, os médicos recomendam as pílulas de baixa dosagem, que contêm menos hormônios e têm menos efeitos sobre a circulação.
 
Existe alguma pílula no mercado que ofereça maior risco para a saúde, como aumentar as chances de desenvolver trombose ou outras doenças?
Não. Todas as pílulas, independente do fabricante, podem aumentar o risco de trombose, dependendo do perfil da mulher, ou seja, se ela é obesa, tem histórico familiar ou é fumante. Vale lembrar que também existe risco de trombose para quem engravida ou anda de avião por longos períodos. Portanto, somente um médico pode indicar qual a melhor pílula ou método anticoncepcional que cada mulher deve utilizar.
 
Tomar anticoncepcional por muito tempo pode causar infertilidade?
Não, pelo contrário. A pílula anticoncepcional preserva a fertilidade da mulher e diminui os riscos de desenvolver endometriose, cisto no ovário e o aparecimento de mioma e pólipo uterino.
 
Existem evidências de que o uso contínuo da pílula pode causar câncer? Existe algum malefício no uso contínuo de contraceptivo, como maior incidência de tumores de mama, infecções uterinas, miomas etc.?
Não, não existe nenhuma evidência até hoje de que a pílula cause qualquer tipo de câncer. O que existe é uma evidência muito bem estabelecida de que a pílula protege a mulher contra o câncer do ovário e câncer de endométrio. Ao tomar a pílula, a mulher fica protegida também contra o aparecimento de miomas, endometriose, pólipos, cistos no ovário, alguns tipos de infecção e alterações benignas das mamas.
 
A pílula pode interromper o crescimento de pelos pelo corpo e rosto?
Pode. Existem algumas pílulas que têm este efeito: diminuem a quantidade de pelos, principalmente aqueles anormais, que crescem em locais em que a mulher não está acostumada, como na face, abdômen etc. Não são todas as pílulas que têm este efeito, mas algumas foram desenvolvidas para este fim. Inclusive, existem pílulas que melhoram também a acne e a oleosidade da pele.
 
Existe algum horário ideal para tomar o anticoncepcional?
Existe, à noite. É a melhor hora para tomar, é mais difícil de esquecer e, quando absorver aquele conteúdo hormonal pelo estômago, a mulher estará dormindo e, portanto, terá menos chances de efeito colateral.
 
Pílulas anticoncepcionais podem causar dependência?
Não, não causam dependência. Se a mulher se sente mal quando interrompe o uso da pílula é devido à queda hormonal. Quando ela faz a pausa de 4 ou 7 dias, há uma queda hormonal e esse mal estar é devido a essa queda. Isso não é dependência, mas ela pode conversar com o seu médico para saber quais os métodos contraceptivos mais indicados para o seu caso.
 
R7

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