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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Mulher que fez cirurgia bariátrica tem mais chance de ter filho prematuro

Pesquisa de instituição sueca diz que grávidas nessas condições são grupo de risco e recomenda que tenham acompanhamento rigoroso durante a gestação
 
Uma pesquisa publicada no periódico British Medical Journal, feita pelo Karolinska Institute, na Suécia, revela que as mulheres que passaram por redução no estômago têm mais chances de terem filhos prematuros ou com baixo peso. O risco aumentado de ter um bebê prematuro foi observado nas mulheres que tinham o índice de massa corpórea (IMC) maior que 35.
 
Embora afirme que pesquisas posteriores ainda serão necessárias para identificar o porquê desse acontecimento, o estudo recomenda que, por serem grupo de risco, essas mulheres que já se submeteram à cirurgia bariátrica tenham um acompanhamento mais rigoroso durante a gestação.
 
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) recomenda que a gestação só ocorra depois de dois anos da cirurgia, tempo essencial para o corpo reorganizar as vitaminas e hormônios e se adaptar ao novo cenário metabólico.
 
“O estado nutricional da paciente deve estar bom antes de uma gravidez. Dependendo do método da cirurgia, como a técnica Bypass ou Fobi-Capella, haverá uma diminuição na absorção de vitaminas, e isso deve ser acompanhado pelo médico”, explica o cirurgião bariátrico Josemberg Martins Campos, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica. “O médico poderá recomendar a suplementação vitamínica, para que o bebê receba todos os nutrientes necessários”.
 
Campos alerta que o cuidado com a anticoncepção das mulheres recém-operadas deve ser levado muito a sério, já que há um aumento da fertilidade assim que a mulher perde peso. “A obesidade eleva os hormônios masculinos. Com o emagrecimento, a fertilidade aumenta muito, com isso vem o risco da mulher engravidar dentro do período de dois anos, o período de maior risco”, explica. “Ela deve usar contraceptivos de barreira, pois a pílula anticoncepcional pode não ser eficaz nos primeiros meses depois da cirurgia, além de aumentar o risco de trombose venosa”.
 
Mas, nem por isso é melhor engravidar antes de fazer a cirurgia de redução do estômago ou uma dieta rigorosa. A SBCBM alerta que obesidade é um fator de risco para uma gestação. “A gravidez em obesas oferece uma série de riscos tanto para a mãe quanto para o bebê, como a macrossomia fetal (peso acima do normal para o recém-nascido), aborto, pré-eclâmpsia, hipertensão, diabetes gestacional e rotura prematura de membranas”, explica Almino Cardoso Ramos, presidente da SBCBM.
 
iG

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