Reprodução Chioro defende maior restrição à publicidade de cerveja |
O consumo de álcool no Brasil supera a média mundial e apresenta taxas superiores a mais de 140 países. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que, em um informe publicado na semana passada, alertou que 3,3 milhões de mortes no mundo em 2012 (5,9% do total) foram causadas pelo consumo excessivo do álcool.
O volume é superior a todas as vítimas de aids e tuberculose. A OMS avaliou dados de 194 países e chegou à conclusão de que o consumo médio mundial para pessoas acima de 15 anos é de 6,2 litros por ano. No caso do Brasil, os dados apontam que o consumo médio é de 8,7 litros por pessoa por ano.
Prioridade
Em declarações em Genebra durante a Assembleia Mundial da Saúde, Chioro deixou claro que o consumo excessivo da bebida é uma de suas prioridades e quer que o tema entre com força na agenda internacional. "O que nos preocupa é que muitas vezes damos uma super ênfase no crack e subdimensionamos o impacto que o alcoolismo tem na saúde, particularmente quando vemos o apelo para as crianças e adolescentes para se introduzir na dependência", declarou o ministro.
Uma das formas de incrementar a prevenção seria justamente limitar os horários de publicidade de cervejas. Hoje, a restrição se refere a bebidas com maior grau de álcool, o que deixa a cerveja fora das limitações. "Esse é um debate que a sociedade está fazendo. Há um grande movimento liderado pelo Ministério Público, Conselho Nacional de Saúde e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de ampliar a regulamentação da publicidade, no sentido de ver o que é bebida alcoólica. A nossa legislação deixa de fora algumas bebidas e cerveja", disse.
Em declarações em Genebra durante a Assembleia Mundial da Saúde, Chioro deixou claro que o consumo excessivo da bebida é uma de suas prioridades e quer que o tema entre com força na agenda internacional. "O que nos preocupa é que muitas vezes damos uma super ênfase no crack e subdimensionamos o impacto que o alcoolismo tem na saúde, particularmente quando vemos o apelo para as crianças e adolescentes para se introduzir na dependência", declarou o ministro.
Uma das formas de incrementar a prevenção seria justamente limitar os horários de publicidade de cervejas. Hoje, a restrição se refere a bebidas com maior grau de álcool, o que deixa a cerveja fora das limitações. "Esse é um debate que a sociedade está fazendo. Há um grande movimento liderado pelo Ministério Público, Conselho Nacional de Saúde e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de ampliar a regulamentação da publicidade, no sentido de ver o que é bebida alcoólica. A nossa legislação deixa de fora algumas bebidas e cerveja", disse.
Debate
Chioro apontou que o governo ainda não tem uma posição fechada em relação à proposta de uma maior limitação de publicidade. "O governo está discutindo internamente como vai lidar com isso", declarou. Mas afirmou que seu ministério é favorável a novas medidas. "Não podemos desconsiderar o tema. Como ministro da Saúde, eu seria absolutamente inconsequente.
Se na agenda internacional queremos discutir a dependência, o conjunto de medidas, que inclui prevenção, que puder ser considerado, merece da parte do Ministério da Saúde um tratamento muito especial", disse. Já para a Copa do Mundo, o fato de as leis terem mudado para abarcar a venda de bebidas não é considerado pelo ministro como um problema. "A Copa é temporal", afirmou.
Jamil Chade, correspondente
Estadão Conteúdo
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