Shutterstock |
Apesar da relativa juventude, o mercado de aplicativos móveis de
saúde possui diversos veteranos bem estabelecidos e uma imensidão de
novatos que buscam visibilidade entre consumidores e profissionais da
área. O mercado inclui mais de 100 mil aplicativos (apps) de acordo com a
Research2Guidance – e a inundação de novatos não dá sinais de que vai
cessar, disse Ralph-Gordon Jahns, fundador da empresa de pesquisa
baseada em Berlim.
“A tecnologia móvel está realmente revolucionando o futuro dos
serviços de saúde e os aplicativos móveis, em especial, vem
desempenhando um papel importante no aprimoramento da comunicação entre
médicos e pacientes, aumentando a aderência às prescrições médicas,
ajudando pacientes a localizar médicos e farmácias e encorajando medidas
preventivas”, disse o diretor sênior de estratégia de produto
corporativo da BlackBerry, Jeff Holleran.
“Tanto médicos quanto pacientes têm percebido que os aplicativos
móveis podem oferecer uma forma rápida e eficiente de manter contato e
trocar informações. Fornecedores estão alavancando apps para que possam
responder com agilidade e compartilhar dados com mais velocidade. Pelo
lado do consumidor, eles ganham popularidade conforme as pessoas se
conscientizam mais sobre saúde e bem-estar.”
Embora alguns aplicativos sejam líderes consagrados em categorias
como corrida, fitness e nutrição, isso não impediu que novos candidatos
lançassem suas próprias ofertas.
O monitor de saúde Nudge, por exemplo, aposentou recentemente os apps
baseados em Web para focar os recursos em aplicativos móveis de saúde. O
desenvolvedor criou um algoritmo baseado em recomendações do
Departamento de Agricultura dos EUA, dos Centros de Controle de Doenças e
Prevenção dos EUA, e da Organização Mundial de Saúde, e aplicou
pesquisas realizadas por equipes internas de profissionais de saúde para
indexar dados vindos de usuários, contou o co-fundador do app, Phil
Beene, à InformationWeek EUA.
“Isso significa que, não importa qual aplicativo, monitor ou vestível
a pessoa escolha, ela pode comparar um index de pontuação, chamado
Nudge Factor, aos de amigos ou outros usuários do app”, acrescentou, por
e-mail, Mac Gambill, também co-fundador do Nudge. “Ao monitorar
ingestão de calorias, hidratação, exercício e duração de sono, assim
como com a sincronização com aplicativos e vestíveis líderes, o Nudge
está se tornando o principal curador e indexador dos melhores
aplicativos de saúde e fitness no mercado”.
Os novos e os já existentes desenvolvedores se encaixam em
seis categorias gerais, de acordo com a Research2Guidance. Elas incluem:
1 – Empresas de serviços de saúde já estabelecidas –
como farmacêuticas e seguradoras – que representam cerca de 3.4% dos
aplicativos. Geralmente grandes empresas lançam muitos aplicativos
mHealth, mas têm taxa de download abaixo da média.
2 – Especialistas em aplicativos são, geralmente,
desenvolvedores menores que entraram em mHealth para aproveitar a
experiência com software. Embora normalmente tenham uma pequena cota de
especialistas médicos locais, eles somam 14% da comunidade de
aplicativos móveis de saúde (mHealth).
3 – Ajudantes – que representam 32% do espaço, são
pequenas empresas que querem ajudar os outros. Renda é fator secundário e
poderia ser um dos motivos pelo qual 61% deles teve menos de 5 mil
downloads em 2013.
4 – Especialistas médicos usam sua expertise para
desenvolver aplicativos móveis e ficam com 1/5 do mercado. Este grupo
teve o maior número de empresas que recebeu mais US$ 1 milhão pelos
aplicativos mHealth no ano passado.
5 – Especialistas de fitness entraram no mercado
para ganhar dinheiro e somam 10% do espaço. Geralmente, eles se conectam
a bancos de dados médicos e sensores e usam ferramentas de
desenvolvimento de aplicativos.
6 – Conectores criam “aplicativos ricos em valor”,
que se integram a outros aplicativos, sensores e bancos de dados, o que
permite que eles alcancem a mais alta média de rendimento. Eles somam
18% da comunidade desenvolvedora de aplicativos mHealth.
Combinados, os aplicativos mHealth podem chegar a valer US$ 26
bilhões até 2017 – mas é apenas o começo do impacto desses aplicativos
móveis no vasto mercado de saúde, estimado em US$ 6 trilhões, disse
Jahns.
“Os US$ 26 bilhões são apenas a ponta do iceberg. Os aplicativos
permitem [que a indústria de serviços de saúde] reduza gastos, por
exemplo, ou que hospitais dispensem pacientes mais cedo para que os
leitos sejam usados por outros pacientes? Ou reduzem a quantidade de
visitas médicas? ’ O verdadeiro potencial é reduzir gastos e tornar o
mercado de saúde mais eficiente”, disse ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário