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O consumo de álcool em âmbito mundial em 2010 foi de 6,2 litros de álcool puro consumido por habitante acima de 15 anos de idade. Cerca de um quarto do consumo (24,8%) foi considerado não registrado (por exemplo, álcool produzido em casa, ilegalmente produzido ou vendido sem controle governamental). Do total de álcool consumido em todo o mundo, cerca de 50,1% foi representado pela bebidas destiladas.
Em 2012, cerca de 3,3 milhões de mortes (ou 5,9% de todas as mortes em todo o mundo) foram atribuídas ao consumo de álcool. Neste ano, cerca e 139 milhões de DALYs (disability-adjusted life years) ou 5,1% do impacto global de doença e incapacidade foram atribuídos ao consumo do álcool.
No Brasil, entre 2008-2010, o consumo total de álcool per capita por pessoas com mais de 15 anos de idade, foi de 19,6 litros per capita para homens, de 8,9 litros per capita para mulheres ou 15,1 litros considerando-se ambos os sexos.
Constatou-se que a dependência ao álcool foi de 2,8% da população adulta e de 5,6% de distúrbios associados ao uso do álcool (incluindo dependência ao álcool e uso abusivo). Este quadro levou a um elevado índice de mortalidade associado a cirrose hepática (o álcool é responsável por mais de 62,6% dos casos) e acidentes de trânsito (cerca de 18% em homens está associado ao uso do álcool).
O documento conclui que são necessárias políticas públicas em vários níveis que devem incluir planos de ação, taxação de bebidas alcoólicas, restrição à venda para determinadas faixas etárias, restrição de vendas em determinados locais, eventos e horários, restrição de uso de veículos automotores com o uso de álcool, limitação na publicidade e advertências nas garrafas e embalagens.
No ambiente corporativo, fica claro o impacto do uso abusivo do álcool na produtividade dos trabalhadores, nos custos de assistência médica e as repercussões sociais da dependência. Sabemos as barreiras trabalhistas para abordar a questão, a dificuldade de encontrar bons serviços para abordagem do alcoolismo em diversas cidades e os elevados custos do tratamento.
Neste contexto, é fundamental as ações de prevenção, inclusive com limitação ao acesso às bebidas alcoólicas no ambiente de trabalho (inclusive em ocasiões festivas), a educação e orientação sobre os riscos ocupacionais e acredito que as empresas precisam se engajar em uma ação de “advocacy” para que as ações de política pública relacionadas ao uso abusivo do álcool sejam adotadas em nosso país.
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