Foto: Pavel Losevsky / Getty Images |
Entre os fatores que colaboram para o ganho de peso estão
sedentarismo, uso de alguns medicamentos, mudanças de hábitos e estresse
Estar acima do peso e não conseguir emagrecer é um
problema que pode ser relacionado a fatores mais complexos do que apenas
uma dieta irregular ou uma rotina sedentária. De
acordo com o endocrinologista Alfredo Halpern, algumas pessoas
apresentam problemas relacionados à genética ou até mesmo metabólicos
que dificultam a perda de peso e faz com que a obesidade se torne um
risco ainda maior.
"Existem pessoas que produzem gordura com mais
facilidade. Nesses casos, mesmo que elas a consumam numa quantidade não
muito grande no dia a dia, acabam estocando gordura com mais
facilidade", ressalta o especialista.
Halpern alerta que nem sempre a questão hormonal é a
responsável por uma obesidade descontrolada, como o hipotiroidismo ou
outras disfunções do gênero. De acordo com ele, "as disfunções hormonais
são a causa de no máximo 10% dos casos de obesidade".
"O que quero dizer é que os mecanismos para fazer
engordar são muito mais complexos do que apenas os alimentos. A pessoa
pode e deve fazer uma dieta, mas pode ser que não venha a funcionar.
Muitas vezes ela precisa tomar remédio ou investigar o que está
acontecendo com ela", defende o endocrinologista.
Entre os fatores que colaboram para o ganho de peso
estão, além do sedentarismo, o uso de alguns medicamentos, mudanças de
hábitos, estresse e diversos outros fatores muito pouco observados por
quem busca perder peso.
Entre as causas, Halpern destaca: "a falta de sono,
substâncias químicas como inseticidas e organoclorados, talvez ar
condicionado por conta da diminuição da variabilidade térmica, parar de
fumar, alguns remédios como os antidepressivos", e até mesmo o fator
genético, apontado pelo endocrinologista como responsável por 50% dos
casos de obesidade.
Ele explica que nesses casos a pessoa "tem um
metabolismo mais lento e produz gordura com mais facilidade. Isso
diminui a queima calórica e pode aumentar também a quantidade de comida
que é digerida", destaca Halpern.
Por isso, o especialista aponta para a necessidade de se
observar os antecedentes familiares e estar atento para o caso de uma
dieta não estar funcionando, ainda que seguida cuidadosamente.
"Analisar os antecedentes familiares provavelmente vai
te ajudar muito a identificar se é um fator genético, mas é preciso
ficar atento principalmente se a pessoa percebe que não come tanto, mas
engorda mais que os outros. Isso já é um sinal", sugere.
EFE / Terra
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