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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Larvas de mosca podem curar feridas, diz cientista

Foto: Reprodução
A hemolinfa, que é como o sangue dos organismos invertebrados como as moscas, tem propriedades no processo de cicatrização 

As larvas de uma mosca típica dos trópicos podem servir para curar ferimentos e produzir antibióticos para combater organismos resistentes, segundo as pesquisas de uma bióloga da Universidade Nacional da Colômbia, que estuda as propriedades curativas e antibacterianas deste inseto.

"A hemolinfa, que é como o sangue dos organismos invertebrados como as moscas, tem propriedades no processo de cicatrização", disse à AFP a bióloga Paula Giraldo.

Ela explicou ter iniciado este projeto de pesquisa por acaso, enquanto estudava a presença de moscas da espécie tropical "Lucilia eximinia" em cadáveres, um método usado há anos na antropologia forense para determinar o tempo de morte de um corpo.

Enquanto desenvolvia suas pesquisas, Giraldo pensou que estas moscas, que se alimentam de organismos mortos, deviam ter um sistema imunológico muito forte para suportar a presença de agentes patogênicos nos cadáveres, razão pela qual começou a pesquisar as propriedades antibacterianas das larvas.

A partir daí, a bióloga começou a busca dos compostos e comparou o sistema imunológico das larvas quando expostas ou não a bactérias. Ela descobriu que o sistema imunológico dos insetos é mais ativo quando aplicados nas feridas.

O jornal da Universidade Nacional destacou que o projeto de Giraldo consiste em cultivar larvas, que quando alcançam a maturidade, são contaminadas com patógenos para induzir uma resposta imune.

Segundo esse boletim de agosto, a descoberta poderia ser usada para combater patógenos como a bactéria fecal "Escherichia coli" (E. Coli) e o "Staphylococcus aureus", "muito importantes na área médica, à qual apresentam cepas resistentes a antibióticos em escala mundial, o que faz com que as infecções que causam possam se tornar intratáveis".

Também poderia ser aplicada em pacientes diabéticos que apresentam úlceras contaminadas.

Giraldo explicou que ainda há um longo caminho a percorrer antes de poder sintetizar as moléculas para poder produzir medicamentos, mas ressaltou a importância do seu trabalho, já que os antibióticos de origem natural têm vantagens sobre os sintéticos.

"O valor adicional é que são de natureza peptídica, isto é, são compostos do mesmo tipo de moléculas que as proteínas, diferentemente dos antimicrobianos convencionais, perante os quais as bactérias têm resistência", afirmou.

AFP / Terra

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