Victor Schwaner / O Tempo
Multinacional deixará de comprar de fornecedores que tenham
maltratado animais
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Nova política da empresa afetará cerca de 7,3 mil fornecedores
A Nestlé, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, está adotando
padrões de bem estar animal que vão afetar 7,3 mil de seus fornecedores
em todo o mundo, além dos que fornecem suprimentos para eles.
A medida é um dos mais amplos compromissoes em melhorar a
qualidade de vida dos animais no sistema de alimentos, e deve ter
impacto em outras empresas que compartilham dos mesmos fornecedores ou
concorrem com a multinacional.
"No mundo digital, todo mundo tem
um smartphone e quer saber de onde as coisas vem e compartilhar essa
informação", disse o chefe de compras com fornecedores da Nestlé na
América do Norte, Kevin Petrie. “Isso é bom para mim? A qualidade é boa?
O produto tem uma origem responsável?”
A nova política, completa o executivo, foi outro passo da
Nestlé para eliminar riscos em sua cadeia de fornecimento como o
trabalho infantil e o óleo de palma, cuja produção destrói as florestas.
Consumidores
sabem hoje bem mais como os componentes em sua comida são feitos – e
estão bem mais dispostos em compartilhar esse conhecimento para iniciar
um buzz nas mídias sociais, segundo Petrie.
Sob pressão de grupos
de bem estar animal, muitas redes de restaurantes e empresas de
alimentos bem conhecidas, tem estabelecido prazos para fornecedores de
carne, ovos e produtos derivados do leite para eliminar práticas que
ativistas e alguns consumidores consideram prejudiciais ao bem estar
animal.
O Burger King, por exemplo, disse que até 2015 todos os
ovos usados pela rede viriam de granjas com aves livres e que a carne de
porco teria origem apenas de produtores que comprovem a eliminação das
celas de gestação dos animais.
McDonald’s, General Mills, Quiznos e
outras empresas têm projetos semelhantes, em muitos casos dando a seus
fornecedores cerca de 10 anos para a mudança de práticas.
Sob os
novos padrões, a Nestlé não comprará novos produtos derivados de porcos
criados em celas de gestação, frangos presos a boxes, e gado que tenha
sido descornado ou teve o rabo amputado sem anestesia, e animais cuja
saúde foi prejudicada por drogas que estimulam o crescimento.
The New York Times / iG
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