Para largar o vício, é preciso entendê-lo – e saber que é possível parar de fumar sem engordar
Não há dúvidas que largar o cigarro traz benefícios para a vida de qualquer fumante. Mas essa mudança de postura — que exige muita força de vontade e persistência —, também pressupõe a modificação de hábitos e de estilo de vida. O momento é delicado, sobretudo por tratar de uma dependência que vai além da física: ela também é psicológica. Não é raro, também, que quem trava essa batalha por uma vida mais saudável deva se esforçar ainda mais para não ver o ponteiro da balança acusar vários quilos extras.
Estatísticas apontam que fumantes costumam morrer mais cedo — e também mais magros. Uma recente pesquisa, publicada na revista Science e desenvolvida por universidades americanas, destaca a relação entre fumo e peso, uma incógnita para a maior parte dos médicos até então. A nicotina realmente diminui o apetite, e isso acontece por meio da ativação de um conjunto específico de circuitos nervosos centrais, conhecidos como receptores de melanocortina do hipotálamo.
— Fumar não implica ficar magro, mas muitas pessoas dizem que não param de fumar por medo de ganhar peso. O desafio é ajudar as pessoas a manterem a silhueta após largar o cigarro e, eventualmente, ajudar os não fumantes que lutam contra a obesidade — afirma Marina Picciotto, da Escola de Medicina da Universidade de Yale, uma das realizadoras do estudo, coordenado por cientistas dos Estados Unidos e do Canadá e publicado na renomada revista.
Uma questão que vai muito além da vaidade
O tabagismo também faz crescer números bem menos agradáveis dos que o da balança: ele está associado a um aumento de 50% a 70% no risco de doenças cardiovasculares. Porém, a notícia boa é que, após poucos meses sem acender um cigarro, a probabilidade de desenvolver uma série de doenças diminui consideravelmente.
Uma pesquisa recente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e da Universidade de São Paulo (USP), concluiu que não apenas os cânceres de pulmão, pescoço e cabeça estão correlacionados com o tabagismo. Vários outros, como o de bexiga, por exemplo, surgem no caminho que as substâncias tóxicas do cigarro percorrem no corpo humano. Na lista, também estão os tumores de mama, de intestino e até de colo de útero.
Conheça o novo método de tratamento
> Chamado de Programa de Assistência ao Fumante (PAF) e desenvolvido pelo Incor, o modelo envolve três etapas: um diagnóstico mais preciso do grau de dependência, uma combinação de medicamentos e o uso de uma escala em que o médico vai tratando o desconforto causado pela abstinência do cigarro.
Estatísticas apontam que fumantes costumam morrer mais cedo — e também mais magros. Uma recente pesquisa, publicada na revista Science e desenvolvida por universidades americanas, destaca a relação entre fumo e peso, uma incógnita para a maior parte dos médicos até então. A nicotina realmente diminui o apetite, e isso acontece por meio da ativação de um conjunto específico de circuitos nervosos centrais, conhecidos como receptores de melanocortina do hipotálamo.
— Fumar não implica ficar magro, mas muitas pessoas dizem que não param de fumar por medo de ganhar peso. O desafio é ajudar as pessoas a manterem a silhueta após largar o cigarro e, eventualmente, ajudar os não fumantes que lutam contra a obesidade — afirma Marina Picciotto, da Escola de Medicina da Universidade de Yale, uma das realizadoras do estudo, coordenado por cientistas dos Estados Unidos e do Canadá e publicado na renomada revista.
Uma questão que vai muito além da vaidade
O tabagismo também faz crescer números bem menos agradáveis dos que o da balança: ele está associado a um aumento de 50% a 70% no risco de doenças cardiovasculares. Porém, a notícia boa é que, após poucos meses sem acender um cigarro, a probabilidade de desenvolver uma série de doenças diminui consideravelmente.
Conheça o novo método de tratamento
> Chamado de Programa de Assistência ao Fumante (PAF) e desenvolvido pelo Incor, o modelo envolve três etapas: um diagnóstico mais preciso do grau de dependência, uma combinação de medicamentos e o uso de uma escala em que o médico vai tratando o desconforto causado pela abstinência do cigarro.
> A taxa de eficácia do programa, em um ano, é de 55% (contra 34% de eficácia antes do seu advento, há cinco anos). Os índices de desistência e de recaída caíram de 40% para 26%. Os dados coletados no estudo, com 400 pacientes, serviram para a criação de um software, que poderá ser acessado via internet por médicos de todo o país.
> O programa permitirá que seja avaliado com maior precisão o grau de dependência do tabaco, levando em conta não só o número de cigarros fumados, mas também as emoções (prazer, ansiedade, tristeza) associadas a ele.
> O tratamento vai sendo ajustado de acordo como grau de desconforto, e é totalmente individualizado.
Fonte Zero Hora
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