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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Saúde alerta viajantes sobre risco de contrair cólera

Recomendação tem como objetivo conscientizar pessoas que vão visitar países da África, além do Haiti e da República Dominicana

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está alertando os viajantes que vão para o Exterior sobre o risco de contrair cólera em determinadas regiões, principalmente nos países da África, no Haiti e República Dominicana.

O Haiti está entre os países que sofrem com casos de cólera; doença causa forte desidratação - Shannon Stapleton/Reuters
Shannon Stapleton/Reuters
O Haiti está entre os países que sofrem com casos de cólera; doença causa forte desidratação
 
Para evitar que a doença chegue ao Brasil o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria recomenda que os paulistas tenham cuidados ao visitar lugares onde exista o risco da infecção, como beber água potável ou água mineral engarrafada de procedência segura. Também prefira alimentos industrializados, embalados, ou então feitos na hora e servidos quentes.

Países da África do Sul, como Luanda e Somália, estão vivendo epidemias de cólera. Além disso, o Brasil tem suas tropas em missão de paz no Haiti, que também tem casos da doença, assim como mantém convênios de ensino com o país, especialmente de atividades agrícolas para jovens haitianos. A Republica Dominicana, onde há casos de cólera confirmados, também vem sendo muito procurada para turismo.

O cólera é uma doença contagiosa transmitida por meio da ingestão de água ou alimento contaminado por fezes ou vômito de um doente. Provoca fortes diarreias líquidas (com aspecto de "água de arroz"), vômitos, desidratação e cãimbras nas pernas. Se excessivamente desidratado, há risco de morte. São mais suscetíveis à doença moradores de locais onde não há saneamento básico.

No Brasil, o cólera foi introduzido em 1991, depois de ter chegado ao litoral do Peru. Uma das suspeitas é que a água de lastro de navios tenha sido a intermediária. A doença atingiu seu pico no Brasil em 1993, quando se notificaram 60.340 casos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O último caso foi registrado em 2005. No Estado de São Paulo não há registro de casos desde 2000.

 
CINCO RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA VIAJANTES OU MORADORES DE ÁREA COM CÓLERA
1 -Para beber e outras atividades utilize água segura:
- Água engarrafada com lacre (não violado) e bebidas engarrafadas gasosas, de marca e procedência conhecida.
- Água tratada ou fervida para beber, escovar dentes, lavar e preparar alimentos, lavar utensílios e para fazer gelo.
- Para preparar alimentos lave bem as superfícies da pia de cozinha com água segura e sabão e seque-as completamente antes de utilizá-las novamente.
- Certifique-se de que a água do local para onde você se dirige ou mora é segura e devidamente tratada com cloro.
- Água de fontes, minas ou poços não é considerada segura, pois dependendo de sua localização, pode estar contaminada com esgoto ou outros resíduos.
- Cuidado com águas e outras bebidas preparadas ou vendidas por ambulantes, em copos ou embalagens plásticas, e com o gelo no comércio ou vendido por ambulantes, pois podem ter sido feitos com água contaminada.

Na dúvida, siga algum dos procedimentos abaixo:

- Ferva a água ou trate-a com hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária.
- Se for fervê-la, ferva por pelo menos 1 minuto, após levantar as bolhas da fervura.
- Para tratar a água use os produtos com cloro disponíveis no local e siga as instruções da bula. Se for viajar para locais onde não há esses produtos, leve frascos de hipoclorito a 2,5% na bagagem.
- Armazene a água tratada em recipiente limpo e coberto, também previamente desinfetado.
- Antes de comer ou preparar alimentos.

2. Lave sempre suas mãos com sabão e água segura:
- Antes de alimentar ou amamentar seu filho.
- Após usar o banheiro.
- Depois de limpar crianças ou e trocar suas fraldas.
- Depois de cuidar de pessoas doentes com diarreia.
- Se não houver sabão disponível esfregue e lave bem as mãos com água e use álcool gel (pelo menos com 60% de álcool).

3. Use sanitários ou outras instalações adequadas para deposição de fezes ou enterre suas fezes; nunca defeque em rios ou outras coleções hídricas:
- Lave sempre suas mãos com sabão e água segura após defecar.
- Limpe os sanitários e as superfícies contaminadas com fezes usando água sanitária (1 parte de água sanitária para 9 partes de água).
Nos locais onde não há sanitários, banheiros químicos ou alternativas adequadas, siga algum dos procedimentos abaixo:
- Escolha um lugar para deposição de fezes distante pelo menos 30 metros de coleções hídricas e então enterre suas fezes.
- Fraldas ou sacolas plásticas com fezes não podem ser jogadas em banheiro químico. Deposite-as em pontos de coleta ou então, enterre-as.
- Construa sanitários ou fossas temporárias, pelo menos a meio metro de profundidade e 30 metros de distância de qualquer corpo da água/coleção hídrica.
- Lave-os, desinfete-os, ou descasque-os, ou ferva-os, ou cozinhe-os.

4. Cozinhe bem os alimentos e especialmente os frutos do mar, mantenha os alimentos cobertos e livres de moscas, guarde suas sobras na geladeira, coma-os sempre devidamente reaquecidos, e lave e higienize frutas e vegetais:
- Não coma camarões, ostras, mexilhões ou outros frutos do mar, crus ou mal cozidos. Cozinhe-os sempre muito bem, de forma que o calor atinge todo o interior do alimento.
- Ao se alimentar dê preferência aos alimentos cozidos, feitos na hora e servidos quentes.

5. Lave cuidadosamente a cozinha e os lugares onde a família toma banho e lava roupas:

- Cuidados de higiene pessoal são fundamentais: lave-se, lave suas crianças, fraldas e roupas, em lugar com sistema de esgoto e na sua ausência, em lugar que fique distante, pelo menos, 30 metros de fontes de água para beber ou coleções hídricas.

Fonte Estadão

- Use sanitários de sistemas de esgoto ou banheiros químicos para deposição das fezes.

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