Preocupados com a relação entre os adolescentes e o tabagismo, especialistas alertam sobre uso de aditivos em cigarros
Cerca de 90% dos fumantes começa a consumir cigarros na adolescência. Preocupados com a relação entre os adolescentes e o tabagismo, especialistas alertam sobre uso de aditivos em cigarros.
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, especialistas alertam sobre os malefícios do tabagismo entre os adolescentes. Segundo uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 90% dos fumantes inicia consumo ainda na adolescência.
— A iniciação precoce ao tabagismo pode aumentar em quase o dobro o risco de danos à saúde. Quanto mais cedo se estabelece a dependência à nicotina maior o risco de morte prematura — afirma o pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, Ricardo Meirelles.
Outro dado do levantamento, demonstra que a indústria tem usado artifícios para conquistas este público: 44% dos estudantes brasileiros, entre 13 e 15 anos, que fumam regularmente preferem os cigarros aromatizados. Mais conhecidos como cigarros "com sabor", eles vêm ganhando espaço e contribuem para o tabagismo precoce.
De acordo com o psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), Carlos Salgado, os aditivos disfarçam o gosto e cheiro desagradável do cigarro, contribuindo para o consumo entre jovens. Em razão disso, o combate ao uso das substâncias é o tema deste ano da campanha do Inca e do Ministério da Saúde na data lembrada nesta segunda-feira.
— Os adolescentes são atraídos pelos aromas variados, fazendo com que eles fumem cada vez mais e aumentando o risco de dependência. A indústria do tabaco expõe seus produtos em pontos de vendas próximos a balas e doces e utiliza açúcares e aromatizantes justamente para atrair esse grupo e expandir seu mercado consumidor — acrescenta.
O especialista alerta que o tabagismo entre os jovens é preocupante. Ainda de acordo com dados do Inca, dos 23 milhões de fumantes brasileiros, 70% tem menos de 30 anos.
— Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma consulta pública sobre a proibição dos aditivos nos produtos derivados do tabaco. A medida sofreu forte repressão da indústria, que tentam inibir as políticas públicas de controle do tabagismo — diz.
O psiquiatra ressalta ainda que a indústria tabagista utiliza o conceito de liberdade comercial para driblar regulações ao setor e ignora os efeitos que a promoção de seus produtos possui junto a crianças e adolescentes.
— É preciso desmistificar essa ideia. A liberdade deve ser a do cidadão em preservar sua saúde e criar leis que assegurem seu bem-estar — afirma.
Adolescentes têm fácil acesso ao cigarro
Os adolescentes brasileiros não têm dificuldade para comprar cigarro, apesar de o país dispor de uma que proíbe a venda do produto para menores de idade. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Inca, o percentual de meninas, entre 13 e 15 anos, que já comprou cigarro chega a 52,6% e a 48,1% entre meninos em algumas capitais do país.
Fonte Zero HoraNo Dia Nacional de Combate ao Fumo, especialistas alertam sobre os malefícios do tabagismo entre os adolescentes. Segundo uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 90% dos fumantes inicia consumo ainda na adolescência.
— A iniciação precoce ao tabagismo pode aumentar em quase o dobro o risco de danos à saúde. Quanto mais cedo se estabelece a dependência à nicotina maior o risco de morte prematura — afirma o pneumologista da Divisão de Controle do Tabagismo do INCA, Ricardo Meirelles.
Outro dado do levantamento, demonstra que a indústria tem usado artifícios para conquistas este público: 44% dos estudantes brasileiros, entre 13 e 15 anos, que fumam regularmente preferem os cigarros aromatizados. Mais conhecidos como cigarros "com sabor", eles vêm ganhando espaço e contribuem para o tabagismo precoce.
De acordo com o psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), Carlos Salgado, os aditivos disfarçam o gosto e cheiro desagradável do cigarro, contribuindo para o consumo entre jovens. Em razão disso, o combate ao uso das substâncias é o tema deste ano da campanha do Inca e do Ministério da Saúde na data lembrada nesta segunda-feira.
— Os adolescentes são atraídos pelos aromas variados, fazendo com que eles fumem cada vez mais e aumentando o risco de dependência. A indústria do tabaco expõe seus produtos em pontos de vendas próximos a balas e doces e utiliza açúcares e aromatizantes justamente para atrair esse grupo e expandir seu mercado consumidor — acrescenta.
O especialista alerta que o tabagismo entre os jovens é preocupante. Ainda de acordo com dados do Inca, dos 23 milhões de fumantes brasileiros, 70% tem menos de 30 anos.
— Recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma consulta pública sobre a proibição dos aditivos nos produtos derivados do tabaco. A medida sofreu forte repressão da indústria, que tentam inibir as políticas públicas de controle do tabagismo — diz.
O psiquiatra ressalta ainda que a indústria tabagista utiliza o conceito de liberdade comercial para driblar regulações ao setor e ignora os efeitos que a promoção de seus produtos possui junto a crianças e adolescentes.
— É preciso desmistificar essa ideia. A liberdade deve ser a do cidadão em preservar sua saúde e criar leis que assegurem seu bem-estar — afirma.
Adolescentes têm fácil acesso ao cigarro
Os adolescentes brasileiros não têm dificuldade para comprar cigarro, apesar de o país dispor de uma que proíbe a venda do produto para menores de idade. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Inca, o percentual de meninas, entre 13 e 15 anos, que já comprou cigarro chega a 52,6% e a 48,1% entre meninos em algumas capitais do país.
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