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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Hospitais: Especialização é o caminho para ser diferente?

Hoje as instituições trabalham recursos e não competências. A oncologia, por exemplo, é a moda da vez, aponta o Superintendente do Hospital Nove de Julho, Luiz de Luca

Todos buscam prover serviços de alta complexidade. Talvez pelas margens maiores, ou pela abrangência no atendimento, quiçá por puro modismo, mas o fato é que há uma tendência de concentração por parte dos hospitais na oferta de tratamentos complexos. Tal cenário instiga uma questão pertinente. Quais devem ser as competências essenciais para diferenciar uma instituição de saúde do mercado?

Esta foi a proposta de um dos Intercâmbios de Ideias realizados durante o 9º Saúde Business Forum, na Praia do Forte (BA). O encontro, que reúne mais de 150 líderes do setor, entre operadoras, hospitais, indústria e representantes do governo, propõe temas para serem debatidos entre os participantes.

Em resposta a provocação da mesa, a especialização médica foi uma das alternativas levantadas pelos participantes. “Hoje as instituições trabalham recursos e não competências. A oncologia, por exemplo, é a moda da vez. Existem muitos hospitais que não têm nenhum “DNA” nesta área e começam a investir nisso”, ressalta Luiz de Luca, superintende do Hospital Nove de Julho, que é especializado em gastroenterologia.

Na opinião do executivo não basta comprar um PET-CT e um equipamento de radioterapia para se autodenominar um Centro Oncológico. “Onde está a competência ai?”, indaga Luca.

Para o diretor do Pró-Cardíaco, Charles Souleyman, para que um hospital encontre o seu diferencial é preciso identificar quais são as suas competências reais e aprender com experiências de gestão e processos de outros setores. “Esse balanço vai guiar de forma correta a linha de diferenciação da instituição”, explica.

Parece consenso entre os participantes de que os hospitais têm de parar de ficar olhando a “grama do vizinho” e agir de acordo com seu expertise. “Temos que tomar cuidado com a questão da inovação na área da saúde para não criarmos um setor pasteurizado. O hospital será bem sucedido se entregar segurança, conforto e carinho. Aspecto visual e hotelaria não são competências essenciais”, afirma Souleyman.

O Pró-Cardíaco, por exemplo, é considerado um hospital especializado de médio porte, com 100 leitos, e referência na especialidade – inclusive com indicadores assistenciais compatíveis aos melhores do mundo. “Somos um sobrevivente ao massacre econômico dos hospitais”, enfatiza o diretor.

Atualmente a entidade investe fortemente em pesquisas com células tronco no tratamento de infarto. Segundo o executivo, isso é uma reafirmação de sua competência essencial.

Fonte SaudeWeb

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