Estudo relaciona circuncisão masculina à prevenção da transmissão do papillomavirus de homens para mulheres
Entretanto, a circuncisão oferece apenas proteção parcial, parceiros devem continuar a praticar sexo seguro, ressaltaram os pesquisadores.
O papillomavirus humano (HPV) é uma infecção transmitida sexualmente que coloca as mulheres em risco de câncer cervical. Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que a circuncisão reduz o risco de infecção por HPV nos homens.
No novo estudo, foram analisados dados de dois testes clínicos realizados em Uganda que acompanharam homens e mulheres HIV-negativos entre os anos de 2003 e 2006. A incidência de novas infecções de alto risco de HPV foi 23% mais baixa em mulheres com parceiros circuncisados, constataram os pesquisadores.
“Juntamente como outros resultados de testes realizados em homens, tais descobertas indicam que a circuncisão masculina não deve ser aceita como uma intervenção eficaz para reduzir infecções por HPV de alto e baixo risco, em relações sexuais entre homens HIV-negativos e mulheres. Entretanto, nossos resultados indicam que a proteção é apenas parcial, a prática de sexo seguro também é importante”, concluiu os Drs. Aaron Tobian e Maria Wawer, da Universidade Johns Hopkins de Baltimore.
O estudo foi publicado na edição online de 6 de janeiro do The Lancet.
Em um comentário que acompanha o estudo, a Dra. Anna R. Giuliano, do H. Lee Moffitt Cancer Center de Tampa, escreveu: “Descobertas recentes adicionam importantes evidências para a promoção da circuncisão masculina em países carentes de programas bem estruturados de exames cervicais.
Intervenções adicionais para reduzir a infecção por HPV, como a provisão de vacinas, serão essenciais para reduzir o câncer cervical invasivo por todo o mundo. A circuncisão masculina está associada a pequenas reduções no risco do HPV, enquanto que vacinas licenciadas contra a doença protegem com alta eficácia contra somente um número limitado de tipos de HPV. Portanto, os dois tipos de intervenção provavelmente têm importantes efeitos sinergéticos”.
Fonte IG
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