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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Problema de atenção e aprendizagem pode ter relação com falta de ômega 3

Pesquisa revela que crianças e adolescentes que receberam nutriente no período pré-natal têm melhor desempenho de memória e inteligência

Um estudo recente das universidades Laval (Canadá) e Wayne State (EUA) sobre a ingestão de ácidos graxos em crianças e adolescentes com idade média de 11 anos apontou um melhor desempenho a nível neurocomportamental de memória, inteligência e aprendizagem verbal nas crianças que receberam o nutriente enquanto feto, através do útero de sua mãe durante o período de pré-natal.

Embora nem todas as crianças que apresentem dificuldade para se concentrar tenham deficiência de ácidos graxos ômega 3, uma deficiência deste nutriente pode estar diretamente relacionada a problemas de atenção e aprendizagem. Ainda, de acordo com a pesquisa, as crianças que possuíam maiores níveis desta "gordura do bem" no sangue do cordão umbilical no momento do nascimento apresentam uma associação positiva com um melhor desempenho nas avaliações de memória.

Em geral, as crianças recebem quantidades adequadas de ácidos graxos ômega 6 (presente nos óleos de milho, soja e girassol, e em alimentos como leite, ovo e carne). Mas, se sua alimentação carecer de ômega 3, isso pode ocasionar problemas de concentração, comportamento, aprendizado e até de saúde. Considerados essenciais ao corpo humano, o ômega 3 e o ômega 6 não podem ser sintetizados no corpo, então, precisam ser obtidos através da alimentação. Enquanto o ômega 6 é distribuído uniformemente na maioria dos tecidos, o ômega 3 concentra-se apenas em alguns tecidos especiais, incluindo o cérebro.

Existem duas formas de incluir o ômega 3 na dieta: através da ingestão de alguns alimentos naturais e por meio da suplementação. Segundo a nutricionista Marina Rosalem, o ômega 3 é encontrado em alimentos como peixe, linhaça, frutos do mar, óleo de canola, itens normalmente não muito consumidos durante a infância e a adolescência, por isso, os pais precisam estar atentos.

— O óleo de linhaça é uma boa alternativa que pode ser incorporada discretamente às refeições das crianças — explica Marina.

Fonte Zero Hora

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